Jesus, desde a mais tenra idade, foi obediente aos seus pais (Lc 2.51). Tão logo tomou consciência das coisas, voltou-se de todo o coração para Deus e sua obra (Lc 2.49) e teve uma vida contínua de jejum e oração (Mt 4.1,2, Lc 6.12).
Durante toda a sua vida, fez o bem (At 10.38). Apesar disso, chegou a hora em que teve fome. Então, Satanás lhe falou: “Deus não é fiel para contigo. Se fosses um ímpio, tua necessidade até seria justificada. Porém, sendo tu um filho obediente a Deus, passar por essa privação revela que Deus não é fiel para contigo” (Mt 4.2,3).
Da mesma forma, Satanás colocou em dúvida a fidelidade de Deus para com Adão e Eva (Gn 3.1-5).
Deus não muda, mas Satanás também não muda. Ainda hoje, ele tenta incutir suas ideias em cada um de nós. Para isso, ele usa argumentos tão lógicos, tão racionais, que a pessoa, mesmo compreendendo no seu espírito que é ele quem está falando, aceita a sua mensagem. Aí está a razão por que alguns crentes caem. Somente é vitorioso aquele que rejeita as mensagens satânicas tão logo compreende a sua procedência.
Assim que Jesus reconheceu Satanás, não se enrolou com suas palavras. Ainda que lutando, permaneceu firme ao lado do Pai e respondeu: “Meu Deus é fiel” (Dt 8.3).
Quando o pai de seus irmãos morreu, como primogênito da família, Jesus assumiu o seu lugar no sustento da casa (Mc 6.8). Segundo a lei de Moisés, ele deveria tornar-se um judeu próspero (Dt 28.12). Contudo, não adquiriu nada na sua vida material (Mt 8.20). A razão dizia: “Deus não é fiel para ti”, mas a fé soava em seu coração: “Deus é fiel. Ele está provendo algo melhor para mim.” (Jo 18.36).
Ao começar a curar os enfermos, era criticado (Lc 6.9-11). Se uma mulher lhe fazia algum benefício, era acusado de se deixar assediar por uma mulher imoral, sem ter discernimento (Lc 7.37-39). Quando entrava na casa de um pecador para levar-lhe a mensagem, era criticado (Mt 11.19). Enfim, por tudo era criticado e perseguido, e o diabo, aproveitando-se, lhe dizia: “Deus não é fiel” (Jo 15.20).
Jesus, porém, manteve a sua convicção: “Deus é fiel”. E permaneceu sempre fazendo a Sua vontade (Jo 8.29).
Quando foi preso, sua alma foi tratada como um trapo (Mt 26.67,68). Foi desprezado (Lc 23.11). Como forma de abater sua moral ainda mais, foi despido diante da multidão que aplaudia seu martírio e, assim, foi açoitado (Mt 27.27,28). Seu corpo foi totalmente ferido (Mt 27.26). Colocaram em sua cabeça uma coroa de espinhos (Mt 27.29). Por fim, foi pregado na cruz (Mt 27.35).
A lógica, com sobeja razão, dizia: “Deus não é fiel para contigo” (Mt 27.42,43).
A fé, porém, diante de toda a tragédia, dizia no coração de Jesus: “Deus é fiel, Deus não falha” (Tt 1.2, 1 Co 1.9). No seu último suspiro, Jesus ainda dizia: “Deus é fiel” (Lc 23.46).
Quando tudo então parecia perdido, a glória de Deus começou a se manifestar e todos puderam contemplar a fidelidade de Deus. Sem nenhuma intervenção humana, a pedra lacrada na entrada do sepulcro foi removida. Os soldados que guardavam o sepulcro caíram desmaiados (Mt 28.2,3). Quando voltaram a si, estes que haviam desprezado a Jesus e produzido todo o sofrimento físico pelo qual Ele passou, reuniram os sacerdotes, autores intelectuais de toda aquela barbárie, e tiveram que confessar “Deus é fiel” (Mt 28.11). Muitos desses sacerdotes uniram-se aos apóstolos (At 6.7).
Os anjos também proclamaram às mulheres: “Deus é fiel” (Mt 28.5-7).
Pedro e João voltaram para casa, mas Maria Madalena permaneceu no sepulcro. Ela queria ver Jesus e, quando os dois anjos lhe falavam, Jesus chegou de mansinho por trás dela e lhe disse: “Maria, estou aqui ao teu lado, porque Deus é fiel.” (Jo 20.16).
Grupos de mulheres, certamente todas com seus corações quebrantados, iam e vinham do sepulcro e quando se certificaram de que Jesus realmente estava vivo, voltaram para casa. No caminho, encontraram-se com Ele e ouviram sua voz confirmar mais uma vez: “Estou aqui ao lado de vocês porque Deus é fiel.” (Mt 28.9).
Finalmente, apareceu aos onze discípulos e disse-lhes: “Estou aqui com todo o poder nos céus e na terra; ide por todo o mundo, ensinando estas verdades. Eu estou com vocês para todo o sempre, porque Deus é fiel!” (Mt 28.18-20).
Quando Jesus está ao nosso lado, o diabo e suas mensagens, venham de onde vierem, terão que debandar. No início de um trabalho ou de nossa vida cristã, o diabo age através de pessoas fora do grupo e este se une e o vence. Quando o trabalho cresce, o diabo encontra brecha e passa a agir através de pessoas do próprio grupo. Mas, a reação contra ele deve ser a mesma. Declare que és guerreiro da Pátria Celestial e que o diabo é vencido. Se ele resistir, apresente Jesus ferido, seu sangue derramado, e ele terá que debandar!
Mas lembre-se: é necessário lealdade a Jesus e a Sua Palavra (Hb 11.6, Hb 11.1)
Mensagem proferida pela Irmã Maria Schimitt Vieira em 21/02/2001
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