Retire a pedra de tropeço

Retire a pedra de tropeço
Se o teu olho te escandalizar,arranca-o e lança para longe de ti.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

IGREJA PANETONIZADA

O capítulo 3 de Neemias fala da reconstrução dos muros e das portas de Jerusalém. Cada porta tem um significado espiritual para a igreja do Senhor Jesus Cristo. No versículo 6 encontramos: “E a porta velha repararam-na”. A porta velha nos fala de antiguidade, de algo que foi estabelecido a muito tempo, de algo veterano. Ou seja, a porta velha diz respeito à legítima e genuína doutrina cristã. Quando a igreja perde o rumo é porque perdeu o foco da doutrina. Ao perder o foco da doutrina, perde-se a teologia sadia; perdendo a teologia sadia, perde-se a identidade e passa a viver mundanamente. Muitos líderes pensam que precisamos entender o nosso tempo para enquadráramos nele a nossa mensagem. Esse pensamento maligno tem levado as igrejas abandonarem a porta velha, ou seja, a legítima e genuína doutrina cristã. É urgente entendermos que o nosso foco não deve ser um ajuste do que pregamos aos novos tempos, mas sim, como pregar a mesma mensagem de sempre aos novos tempos. A igreja deve se firmar nas raízes bíblicas e encaixar o tempo em que vivemos dentro das raízes bíblicas. O conteúdo bíblico, os preceitos divinos e a doutrina cristã independem do tempo, não podem ser adaptados à época e nem a cultura secular alguma. Judeus e gregos tinham uma visão do mundo completamente distinta, mas a igreja primitiva pregava aos dois grupos a mesma mensagem, a mesma porta velha. Quando Paulo focalizou tempos futuros, ele não prognosticou ao jovem pastor Timóteo nenhum conteúdo diferente. O apóstolo disse a Timóteo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda longanimidade e doutrina” (2 Tm 4:2). Em I Coríntios 1:23 Paulo enfatiza: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado”. Essa mensagem era ofensa para os judeus e loucura para os gregos, ou seja, o conteúdo dessa mensagem não fazia sentido para nenhum dos dois grupos. Mas, isso não intimidou a igreja, não a fez recuar. A igreja não teve dois evangelhos, um para cada cultura. Hoje temos um evangelho africano, um evangelho indígena, outro sul americano, outro asiático, outro escandinavo e por aí vai. A preocupação de muitos pastores é como tornar a porta velha palatável ao incrédulo.Esses líderes oferecem uma doutrina tipo panetone, isto é, encharcada de doces para satisfazer o paladar dos ouvintes dando origem a igreja panetonizada. Os pastores panetonizados esquecem que a tarefa da igreja não é tornar o Evangelho aceitável, mas pregar a mensagem de sempre, mesmo que pareça inaceitável. O Evangelho não pode ser adaptado a tempos, culturas e gostos. Não pode se submeter ao escrutínio do tempo. Quando a igreja tenta fazer isso se tem um Evangelho adocicado, meloso, panetonizado que tem mais o rosto de Freud, Carl Jung, Norman Vicent Peale, Lair Ribeiro, Augusto Cury que o de Jesus. A Palavra de Deus não é um objeto que analisamos pela cultura secular, mas é o microscópio pela qual examinamos a cultura secular. A Palavra de Deus é senhora e não serva da cultura secular; é juíza e não ré da cultura secular; é palavra última e não palavra penúltima. Na parábola do semeador havia diferentes tipos de solos. Não havia diferentes tipos de sementes. A semente é o Evangelho, é a doutrina e, é única.
As conseqüências são desastrosas quando a igreja abandona a porta velha e passa a expor uma doutrina tipo panetone. Nesse contexto, Palavra de Deus é substituída pela a palavra do homem, o pensamento secular é ensinado como preceito divino, o púlpito é desvestido de sua grandeza e de sua santidade e transformado em uma tribuna de ganho pessoal. Quando a igreja descarta a porta velha, cria-se um evangelho sintético de consumo, sem exigências e só oferecimentos. A ladainha é sempre a mesma: “Há poder em você; há poder em suas palavras; você nasceu para vencer; você pode ser rico, basta que você queira porque Deus já liberou uma unção financeira para você”. Quando a igreja despreza a porta velha vira parque de diversão para o povo, agência de emprego para os ociosos, comunidade de moralistas mascarados e quartel de manipuladores: “Olhe para o seu irmão e diga o gigante será derrotado”, “Diga para quem está à sua esquerda e à sua direita hoje você receberá sua benção” e por aí vai. É fácil perceber que o culto da igreja panetonizada é leviano, banal, fútil, e tem consistência de chiclete, pois a mensagem bíblica é trocada pela festa. O povo dessa igreja deixou de ser o povo da Bíblia e passou a ser o povo da caixa de som. O “louvor” da igreja panetonizada é carregado de rock, samba, forró, funk, rap, axé, numa tentativa de mascará a doença estabelecida. Os pastores da igreja panetonizada são promotores de emoções, contadores de estórias engraçadas, gaiatos, humorísticos, astros do púlpito que fazem dos ouvintes um fã clube e não um rebanho para alimentá-los espiritualmente. Esses líderes pregam um deus que dá tudo, compreende tudo, aceita tudo, passa a mão na cabeça de todos e nada exige. Eles oferecem um cristianismo minúsculo amoldado às pessoas; um cristianismo condescendente com o erro, que fecha os olhos para o pecado e aceita todo tipo de comportamento. A conseqüência mais grave é que a igreja panetonizada passa a ser uma espécie de ONG de auto-ajuda auxiliando as pessoas a conviverem com seus pecados. Os pastores da igreja panetonizada não se prendem à porta velha porque querem derrubar celeiros para construir outros maiores e se sentem satisfeitos em reter o status-quo atual, ou seja, eles sabem que se sacudir o banco da igreja com a porta velha significa a perda de poder, de prestígio e até uma aposentadoria gorda. Então, o negócio é pregar para o povo uma mensagem adocicada, aprazível, festeira, gaiata, humorística, teatral e manipuladora.
Nossa maior necessidade é de firmeza na porta velha. Não podemos ser uma igreja fútil preocupada com bens, com patrimônio, com grife, com cimento, ferro, pedra e areia. Devemos ser fiel e sincero na pregação anunciando o conselho de Deus na sua inteireza. Devemos preparar nosso coração para buscar e cumprir a lei do Senhor e ensinar os seus estatutos e as suas ordenanças. Precisamos nos prender à loucura de anunciar uma mensagem que o mundo julga ultrapassada.
Os profissionais da doutrina panetonizada estão com seus dias contados. Os dias de fingir que não vê o pecado vão se acabar. As técnicas bizarras e fraudulentas usadas pelos pastores panetonizados vão ser desmascaradas. Deus está levantando servos e servas que erguerão a bandeira da doutrina legítima e genuína que curará de verdade as feriadas das pessoas chegando á raiz delas: o pecado no coração. Durante a história da igreja, Deus sempre levantou um remanescente que pregou todo o conselho do Senhor. A porta velha nunca deixou de brilhar na história da igreja, apesar da panetonização das mensagens.

Ir. Marcos Pinheiro
Postado por VOLTEMOS ÀS RAÍZES

FONTE:http://voltemosraizes.blogspot.com/2011/10/igreja-panetonizada.html?showComment=1319208468890#c5987261802334887838

DONS




DONS
Ir. Sara Guimarães - Redatora IPDA


     Prezado Internauta,
     Que a graça e a paz de Jesus Cristo habitem hoje em sua vida e para todo o sempre!

     Anseio que você esteja sendo edificado pelo Deus nessa campanha, sendo tocado pelo Divino Espírito Santo! Que o amor de Jesus Cristo possa refletir em sua vida!

     Por gentileza, abra a sua Bíblia Sagrada em I Coríntios 12.31:

     “Mas procurai com zelo os melhores dons. E eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente”.

     Quem já não ouviu alguém dizer: “Você precisa buscar os dons espirituais!” Mas será que estamos realmente atentos à verdadeira busca dos dons espirituais?
     Em primeiro lugar, temos de nos lembrar que dons não são a mesma coisa que as habilidades naturais, como a facilidade para aprender música, vários idiomas; cantar, entre muitas outras.
     Também temos de distinguir dons do Espírito do dom do Espírito! O dom do Espírito é a concessão do Espírito aos crentes (At 2.33). Já os dons do Espírito são as capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espírito com propósito principal da Igreja de Deus (Ef 4.7-13).

     Prezado internauta, podemos obter:

     - Dom da palavra da ciência, da palavra da sabedoria, discernimento de espíritos; dom da fé, de maravilhas, de curar; dom de variedade de línguas, de interpretação das línguas, de profecia (I Co 12.8-10,28);

     - Dom de ministrar, de ensinar, de exortar, de repartir, de presidir, de exercer misericórdia (Rm 12.7-8);

     - Dom de socorros, de governo (I Co 12.28);

     - Dom de revelação (I Co 10.26, Mt 2.11; Dn 2.22);

     - De visão (At 11.5);

     - De visão em sonhos (Jó 33.15-17);

     - Dom de evangelista, de pastor e de doutor (Ef 4.11).

     Mas será que os dons cessaram como alguns afirmam? Alguns interpretam o texto de I Coríntios 13.8-10, precisamente o versículo 10, argumentando que a frase “quando vier o que é perfeito” significaria que, ao cessar a era apostólica, ou quando estivesse completo o cânon do Novo Testamento, os dons também cessariam!
     Entretanto, caro internauta, no início dessa mensagem, lemos a admoestação do Apóstolo Paulo, que temos de procurar os dons com zelo para que seja mostrado por Deus um caminho ainda mais excelente! Não obstante, Jesus pontuou: “Se não verem sinais e prodígios, de modo algum crerão” (Jo 4.48).

     Sabemos que “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8). Logo, as Suas promessas não falham! E Ele prometeu: “E estes sinais seguirão aos que creem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas, pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados” (Mc 16.17-18).

     Conseguiu identificar os dons nesse versículo?

     Pois bem, além disso, os dons do Espírito Santo não podem cessar porque Deus é glorificado por meio deles! “Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para o Pai e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14.12,13).

     Prezado, busque os dons, pedindo a Deus que realize a Sua soberana e suprema vontade em sua vida! Se você é salvo, confie nas promessas de Deus e prossiga para o sucesso espiritual! E um dos fatores que constituem o sucesso espiritual é a busca dos dons com zelo!

     Se você ainda não aceitou a Jesus como o Seu Salvador, ore agora:
     “Deus Todo-Poderoso, venho aqui em Tua presença, pedir perdão por todos os meus pecados. Reconheço o Seu infinito amor que me proporcionou confessar a Jesus Cristo como meu Único Senhor e Suficiente Salvador. Peço-lhe que escreva o meu nome no Livro da Vida para que, naquele Grande Dia, eu possa ir morar no Céu para sempre com o Senhor! Por favor, orienta e guarda a minha vida, a da minha família e amigos! Muito obrigado pela oportunidade de aceitar a salvação em Jesus Cristo! Que o Divino Espírito Santo possa habitar em mim, concedendo-me o dom e os dons! Em nome de Jesus! Amém!”

     Não desista, persevere!

     “E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á;” (Lc 11.9).

     “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14.13).

     Oremos todos juntos a “Oração da Fé”, certos da bênção e da vitória:
     “Querido e grandioso Pai, estamos aqui humildemente pedindo-lhe a Sua misericórdia. Sabemos que somos frágeis, que somos pó, que somos pecadores! Mas, também, sabemos que o Seu amor é infinito, que o Seu amor nos constrange, que o Seu amor proporciona a compaixão que nos livra e nos aprimora! As palavras não conseguem expressar o nosso agradecimento pelo Seu infinito amor e misericórdia, que teve como a principal demonstração a morte do Seu filho unigênito Jesus, perfeito que morreu como condenado para evitar a nossa condenação! Pedimos-lhe, Soberano Pai, que conforme a Sua boa e agradável vontade, que conceda-nos a fé para buscar os dons, de modo que os alcancemos para a glorificação do Seu nome e edificação de Sua Igreja! Abençoe, ó Pai, a minha vida, a minha família, os meus irmãos em Cristo, os meus amigos, os meus inimigos, a todos os internautas e seus conhecidos que lerem essa mensagem. Em nome de Jesus, agradecemos-Lhe pelas bênçãos que recebemos e pelas que receberemos pela fé! Em nome de Jesus! Amém!”

Com votos de um excelente dia para você na presença do Senhor Jesus, com a paz dEle! Que todos os seus dias sejam alcançados pela Graça Divina, em sintonia com o Trono da Graça!

     Graça e Paz de Jesus Cristo!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

VENCENDO A CARNE





Prezado jovem,
     Graça e Paz de Cristo!
     Hoje vamos comentar sobre o romance dos seguintes personagens bíblicos: Sansão e Dalila. Sansão foi escolhido por Deus - gerado em uma mulher que outrora era estéril - sendo anunciado por um anjo a sua mãe que ele seria nazireu desde o ventre; não podendo nunca ter o seu cabelo cortado. Sendo assim, os seus pais preservaram o seu cabelo conforme o aviso do anjo (Jz 13.3-5). 
     Mas Sansão tinha um “ponto fraco”: ele se deixava levar por qualquer mulher pela qual ele “se afeiçoava”!
     O domínio próprio estava longe de Sansão! A Palavra de Deus diz: “Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida, Para te guardarem da mulher vil, e das lisonjas da estranha. Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te prendas aos seus olhos” (Pv 6.23-25). Embora, na história de Sansão e no versículo supracitado, o homem aparece como a “vítima consciente”, e a mulher como a “sedutora”; isso se aplica ao contrário, também! Portanto, vamos estabelecer o significado das metáforas utilizadas nesse texto; considerando o CONTEXTO da história de Sansão e Dalila, para que haja um entendimento eficaz:
     Sansão: Representa os jovens, homens e mulheres, que são escolhidos e chamados por Deus para uma obra ministerial;
     Dalila: Representa as armadilhas satânicas que tentam impedir a obra de Deus na vida dos jovens, como tentações sexuais;
     Cabelo: Representa o chamado de Deus na vida dos jovens que Satanás deseja destruir.
     Atualmente, vemos alguns jovens que são chamados por Deus para determinada obra, tendo determinada vocação. Entretanto, nos “devaneios” e/ou espinhos da jornada, eles se deixam perder no meio do caminho. Não importa quais sejam as tentações; mas elas estão lá; e o Inimigo de nossas almas sabe em qual área de nossa vida estamos mais propensos a cair.
     E, considerando a fase da juventude, sabemos que a área amorosa é algo que pode deixar o jovem cristão bem suscetível à queda: Quem sabe o seu relacionamento amoroso pode se tornar um empecilho para o ministério que Deus tem na sua vida! Se o seu companheiro não compartilha os mesmos ideais, é uma pessoa distante dos propósitos de Deus, não compreende os mistérios divinos, será que esse relacionamento é aprovado por Deus?
     E mais: Vemos que Sansão se entregava a muitas mulheres. E o que ele fazia pode ser transportado para os dias de hoje, sendo essa ação conhecida hoje como “ficar”. O que é o “ficar”? É o relacionamento sem compromisso, que visa somente a satisfação da carne, não um degrau preparatório para o casamento!
Alguns jovens podem perguntar: “Mas se Deus me deu vida, um funcionamento do organismo perfeito, por que não desfrutar?” Ora, porque tudo tem o seu momento certo! Em Eclesiastes 3.1, encontramos: Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.
     A Palavra de Deus enfatiza: Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” (I Co 6.18) e “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia” (Gl 5.19).  
     Logo, jovens que têm um chamado de Deus, jamais devem se entregar às tentações carnais, que visam à satisfação do instinto! Deve haver um cuidado no meio dos nossos jovens para que não comecemos a achar que tudo é “normal”! Afinal, o Apóstolo Paulo nos instrui: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
     Lembrete Amigo: Jovem de Deus não “fica”, mas “prossegue” até a perfeição! (Hb 6.1). Por isso, jovem, “LEVANTA E VAI”; pois poucos são os jovens que ouvem o Mestre chamar, como aborda a 1.ª Estrofe do Hino “Levanta e Vai”, do Grupo Renovação:
     “Jesus está chamando jovens corajosos para trabalhar,
     A seara é grande, e poucos ouvem o Mestre chamar;
     Se você é jovem, seja um obreiro de valor,
     Decida-se agora, pois há almas que choram,
     Levanta e vai”!


     Mas... Qual é o melhor meio para se resistir às tentações sexuais? Sendo amigo de Deus e se ocupando com a obra dEle! Lembre-se de que o adultério do salmista Davi se originou de seu “passeio” pelo terraço (II Sm 11)... Com tanta coisa para ser analisada para o bem-estar povo de Israel, e ele lá passeando! Será que você também está “passeando” ao realizar a obra de Deus, e ficará “fraco” para resistir à próxima tentação? Em caso positivo, é hora de se arrepender como Davi!
     Não estamos apresentando uma “apologia” à não existência do lazer, mas destacando sobre a importância da sabedoria ao realizá-lo! Se Davi estivesse firme na fé, ele teria resistido! Como? Primeiramente, desviando o seu olhar e procurando outra coisa para fazer! Não é pecado ser tentado, vemos que Jesus foi tentado por Satanás em um momento que Ele estava solitário no deserto, mas qual foi o segredo de Jesus para vencer a Satanás de forma gloriosa? Ele estava em consagração e firmado na Palavra! (Veja Lucas 4).
     Quando as mulheres atraíam a Sansão, ele tinha de se lembrar do seu privilégio de ser nazireu - que significa “separado ao Senhor” – (Nm 6.2); sendo um homem forte, quando o Espírito de Deus se apoderava dele! (Jz 14.6; 14.19; 15.14). Mas não, ele simplesmente se deixava ser levado por todas elas... Até que a última, Dalila, preparou-lhe a armadilha, e ele ficou cego. Mas aí, ele se lembrou de Deus e clamou para que, pela última vez, Deus concedesse a força para que ele se vingasse dos filisteus. Deus, com Sua misericórdia, inclinou os Seus ouvidos e atendeu o clamor de Sansão. Portanto, como vemos em Juízes 16, ele morreu juntamente com todos os filisteus que estavam na casa.
     O jugo desigual foi a lição prática que Sansão não aprendeu (mas nós temos que aprender); pois seus pais o tinham alertado (Jz 14.3), e honrar pai e mãe é mandamento (Dt 5.16)! Sansão não atentou para a seguinte admoestação; portanto, desobedeceu ao anúncio divino, por meio do anjo a sua mãe:
     “Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave do que o azeite. Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes” (Pv 5.3-4). 
     Sobre jugo desigual, a Bíblia nos alerta:
     “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (II Co 6.14).
     O escritor A. de Saint-Exupéry disse: “O amor não consiste em olhar para o outro, mas olhar juntos para a mesma direção”.
     Pois bem, você e seu(a) parceiro(a) estão olhando para a mesma direção que um cristão deve olhar, que é CRISTO? Cuidado com as armadilhas da Dalila! E, permita-me criar um neologismo de gênero de palavra: Cuidado com as armadilhas do Dalilo!
     Portanto, querido jovem, para ficarmos firmes a fim de que prossigamos e cumpramos o chamado do Senhor, não podemos nos esquecer dos seguintes passos:
  1. Devemos ter e cultivar um relacionamento com o Deus Vivo;
  2. Devemos nos consagrar ao Senhor com sabedoria e temperança;
  3. Devemos constantemente meditarmos nas Escrituras e nos arraigarmos nelas;
  4. Devemos sempre nos lembrar dos propósitos de Deus em nossa vida, e não os trocarmos por coisas vãs;
  5. Devemos ter em mente que, no momento certo, Deus preparará uma pessoa para nos completar; por isso, devemos lançar nossa ansiedade nas mãos de Deus (I Pe 5.7), para que não venhamos escolher a pessoa errada somente pelo instinto carnal e depois obtermos consequências desastrosas assim como Sansão;
  6. Devemos nos lembrar de que relacionamentos inconstantes como o “ficar”, pode trazer sérios prejuízos espirituais e emocionais, sendo pecado diante de Deus;
  7. Devemos nos ocupar com a meditação das Escrituras e procurarmos descobrir o chamado de Deus em nossas vidas, para que prossigamos em todo o tempo, cumprindo-o nosso chamado, o nosso ministério “Porque dEle e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém” (Rm 11.36)!
Meditemos agora na 2.ª Estrofe do Hino “Levanta e Vai”:

“Há muitos jovens que são uma bênção nas mãos do Senhor,
Cheios de poder para vencer o vil tentador;
Desperta, ó jovem, e obedeça o ide de Jesus,
Antes que escureça, e as almas pereçam,
Levanta e vai”!
     O chamado de Deus para Sansão era que ele começasse a livrar Israel das mãos dos filisteus (Jz 13.5). E, em sua morte, esse chamado se evidenciou (Jz 16.30)!
     Assim como o Apóstolo Paulo (At 9.3-9) – claro, com fins diferentes - Sansão precisou ficar cego fisicamente para poder enxergar o chamado e propósitos espirituais de Deus em sua vida!  Caro jovem, não espere que isso aconteça, ENXERGUE osPROPÓSITOS DE DEUS em sua vida, O CHAMADO DE DEUS para a sua vida HOJEAGORA!
Com votos de visão espiritual!
Em Cristo,
Sara Guimarães de Oliveira
sara.guimaraes@ipda.com.br


FONTE:http://www.ipda.com.br/pej/pejestudos01.php

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ÚLTIMAS PALAVRAS DE GRANDES HOMENS


Praticamente nada é mais esclarecedor do que o testemunho de moribundos. Mesmo mentirosos confessam então a verdade. Um olhar para o leito de morte revela muitas vezes mais do que todas as grandes palavras e obras em tempo de vida. No momento em que pessoas se vêem confrontadas com a morte, muitas perdem suas máscaras e tornam-se verdadeiras. Muitos tiveram que reconhecer que edificaram sobre a areia, se entregaram a uma ilusão e seguiram a uma grande mentira. Aldous Huxley escreve no prefácio do seu livro “Admirável Mundo Novo”, que se deveria avaliar todas as coisas como se estivessem sendo vistas do leito de morte. “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12), diz a Bíblia.

VOLTAIRE, o famoso zombador, teve um fim terrível. Sua enfermeira disse: “Por todo o dinheiro da Europa, não quero mais ver um incrédulo morrer!” Durante toda a noite ele gritou por perdão.

DAVID HUME, o ateu, gritou: “Estou nas chamas!” Seu desespero foi uma cena terrível.

HEINRICH HEINE, o grande zombador, arrependeu-se posteriormente. Ao final da sua vida, ele ainda escreveu a poesia: “Destruída está a velha lira, na rocha que se chama Cristo! A lira que para a má comemoração, era movimentada pelo inimigo mau. A lira que soava para a rebelião, que cantava dúvidas, zombarias e apostasias. Senhor, Senhor, eu me ajoelho, perdoa, perdoa minhas canções!”

De NAPOLEÃO escreveu seu médico particular: “O imperador morre solitário e abandonado. Sua luta de morte é terrível.”

CESARE BORGIA, um estadista: “Tomei providências para tudo no decorrer de minha vida, somente não para a morte e agora tenho que morrer completamente despreparado.”

TALLEYRAND: “Sofro os tormentos dos perdidos.”

CARLOS IX (França): “Estou perdido, reconheço-o claramente.”

MAZARINO: “Alma, que será de ti?”

HOBBES, um filósofo inglês: “Estou diante de um terrível salto nas trevas.”

SIR THOMAS SCOTT, o antigo presidente da Câmara Alta inglesa: “Até este momento, pensei que não havia nem Deus, nem inferno. Agora sei e sinto que ambos existem e estou entregue à destruição pelo justo juízo do Todo-Poderoso.”

GOETHE: “Mais luz!”

NIETZSCHE: “Se realmente existe um Deus vivo, sou o mais miserável dos homens.”

LÊNIN morreu em confusão mental. Ele pediu pelo perdão dos seus pecados a mesas e cadeiras. À nossa juventude revolucionária se assegura insistentemente e em alta voz, que isso não é verdade. Pois seria desagradável, ter que admitir que o ídolo de milhões se derrubou a si mesmo de maneira tão evidente.

SINOWYEW, o presidente da Internacional Comunista, que foi fuzilado por Stálin: “Ouve Israel, o Senhor nosso Deus é o único Deus.”

CHURCHILL: “Que tolo fui!”

YAGODA, chefe da polícia secreta russa: “Deve existir um Deus. Ele me castiga pelos meus pecados.”

YAROSLAWSKI, presidente do movimento internacional dos ateus: “Por favor, queimem todos os meus livros. Vejam o Santo! Ele já espera por mim, Ele está aqui.”

JESUS CRISTO: “Está consumado.”

Voltaire, David Hume e outros, certamente teriam rido ou zombado, se em tempo de vida se explicasse a eles, que sem Jesus Cristo estariam eternamente perdidos. Apesar disso, eles tiveram que reconhecer que isso é verdade e que a Bíblia tem razão ao dizer: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo” (Hb 9.27). Como você morrerá? Será muito tarde também para você? Quais serão suas últimas palavras?

Prezado leitor, temos que dizer-lhe, quer queira aceitá-lo ou não: Sem Jesus e sem o perdão dos pecados através do Seu sangue, você está perdido. Diante do Deus Santo, você está absoluta, total e eternamente perdido. Se você acha que com a morte tudo acaba, pertence às pessoas mais enganadas. Existe somente um que pode salvá-lo: JESUS CRISTO. Você acha realmente, que os homens anteriormente citados representaram uma comédia piedosa quando chegou o fim? Sem ter paz com Deus, a morte é uma terrível realidade, da qual o mundo foge. Não se gostaria de ouvir nada a respeito, ela é afastada dos pensamentos. Mas será que a política da avestruz é uma solução inteligente?

Você quer saber? — Se vier com seu coração a Jesus Cristo e realmente quiser paz com Deus, você pode dizer esta oração: “Senhor Jesus, por favor, perdoa toda a minha culpa e meus pecados, minha rebelião e minha vida própria. Agradeço-te porque morreste por mim e pagaste com teu sangue o preço pelos meus pecados. Por favor, entra agora em minha vida. Abro-te a porta do meu coração e te peço que a partir de agora sejas meu Senhor. Agradeço, porque me ouves e aceitas.” O que importa não é a formulação, mas a atitude do coração.

Jesus diz: “o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6.37). Unicamente Jesus tirou o poder da morte.

Você pode agora passar por cima disso, seguro de si e com um sorriso, afastando dos seus pensamentos o que acabou de ler. Mas, mesmo assim, você não poderá fugir da morte. E então? “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim, e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade” (Sl 39.4-5). Por isso, o profeta Amós diz: “prepara-te..., para te encontrares com o teu Deus” (Am 4.12).

Alexander Seibel - http://www.chamada.com.br

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O arrebatamento da Igreja






“Virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14.3).


A certeza do arrebatamento da Igreja vem da promessa do próprio Senhor Jesus, o dono da Igreja.


1 Tessalonicenses 4.13-18.

13 - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
14 - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
15 - Dizemo-nos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
16 - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
17 - depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
18 - Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.


introdução

Quando a Bíblia fala da vinda do Senhor Jesus, o assunto aparece como um só evento. Mas no seu contexto doutrinário, ela tem duas etapas distintas. A primeira, invisível para o mundo, é o arrebatamento da Igreja; a segunda, visível, fala da vinda de Jesus em glória, especialmente para Israel (Ap 1.8; Zc 14.4).

I. ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO

Existem três escolas distintas de interpretação a respeito do arrebatamento da Igreja. Elas abrem espaço para entendermos como e quando ocorrerá esse grandioso evento.
1. Pós-tribulacionista. Essa escola interpreta que a Igreja remida por Cristo passará pela Grande Tribulação.
2. Midi-tríbulacionista. Ensina que a Igreja entrará no período da Grande Tribulação até a sua metade. Seus intérpretes se baseiam numa interpretação isolada de Dn 9.27, cujo texto fala que depois do opressor firmar um concerto com Israel por uma semana, “na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares”.
3. Pré-tribulacionista. Podemos começar entendendo essa escola de interpretação com as palavras de Paulo aos tessalonicenses, quando escreveu: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo”, 1 Ts 5.9. Ensina que o arrebatamento da Igreja ocorrerá antes que se inicie o período da Grande Tribulação. É uma interpretação que honra as Sagradas Escrituras e ajusta-se devidamente à esperança cristã da volta do Senhor nos ares.

II. DUAS PALAVRAS GREGAS RELATIVAS AO ARREBATAMENTO

Encontramos várias palavras no grego do Novo Testamento relativas ao arrebatamento que podem aclarar nosso entendimento acerca do arrebatamento. Destacaremos duas palavras principais:
1. Parousia. Literalmente quer dizer “presença”, “chegada rápida”, “visita”. É a palavra mais freqüentemente usada nas Escrituras para descrever o retorno de Cristo, pois ocorre 24 vezes. Seu sentido é abrangente porque não define apenas a volta de Cristo até ou sobre as nuvens, mas em outras vezes se refere à Sua volta pessoal à Terra (1 Co 15.23; 1 Ts 2.19; 1 Ts 4.15; 5.23; 2 Ts 2.1; Tg 5.7,8; 2 Pe 3.4). Portanto, o sentido é geral e não específico. A ênfase maior é dada à vinda corporal e visível de Cristo.
2. Epiphanéia. Literalmente significa “manifestação”, “vir à luz”, “resplandecer” ou “brilhar”. O sentido é mais específico, porque se refere especialmente à vinda sobre as nuvens. É a volta pessoal de Cristo à Terra que acontecerá com uma manifestação visível e gloriosa (2 Ts 2.8; 1 Tm 6.14; 2 Tm 4.6-8). Parousia é abrangente e pode referir-se tanto à vinda de Cristo para a Igreja como para o mundo. Entretanto, epiphanéia é um termo que especifica a volta de Cristo à Terra de modo mais direto, porque diz respeito à Sua manifestação pessoal ao mundo.
3. A diferença entre as duas etapas. Referente ao arrebatamento, Cristo virá até ou sobre as nuvens (1 Ts 4.17). Será de modo invisível para a Terra, porque virá para os Seus santos nos ares. Em relação à manifestação pessoal de Cristo na Terra, Ele virá sobre as nuvens, de modo visível e com os seus santos (Cl 3.4).
No primeiro evento, Cristo, pelo poder da Sua Palavra e com voz de arcanjo, arrebatará, num abrir e fechar de olhos, a Igreja remida pelo Seu sangue (1 Co 15.52). Esse arrebatamento acontecerá antes que venha o Anticristo e instale o seu domínio sobre a terra por sete anos.
O segundo evento da volta de Cristo acontecerá no final dos sete anos da Grande Tribulação, quando Ele irá destruir o domínio do Anticristo e instalar seu reino de mil anos (Ap 19.11; 20.1-60).

III. PARTICIPANTES DO ARREBATAMENTO DA IGREJA

1. O próprio Senhor Jesus Cristo. Diz a Escritura: “Porque o mesmo Senhor... descerá do céu” (1 Ts 4.16). O apóstolo Paulo dá ênfase ao senhorio de Jesus conquistado no Calvário quando diz : “o mesmo Senhor”. Os vivos em Cristo e os mortos salvos receberão a ordem de comando do próprio Senhor Jesus Cristo.
2. O arcanjo. A tradução do texto diverge na forma, mas não anula o fato, conforme está escrito: “à voz do arcanjo” ou “com voz de arcanjo” (1 Ts 4.16). O texto de Daniel indica que o arcanjo Miguel participará do evento da segunda vinda de Cristo (Dn 12.1), mui especialmente da epiphanéia, quando Cristo, rodeado de exércitos celestiais, descerá sobre a Terra, no monte das Oliveiras (Zc 14.3,4; Ap 1.6,7). Porém, no evento do arrebatamento da Igreja, a participação do arcanjo será efetuada pela voz de comando e chamamento, a qual será ouvida apenas pelos remidos.
3. Os mortos em Cristo. Naquele dia, os mortos e os vivos em Cristo ouvirão a voz de chamamento da trombeta do Senhor pelo arcanjo, e “num abrir e fechar de olhos” (1 Co 15.51,52), estarão na presença do Senhor nos ares, com corpos glorificados. A palavra “mortos” diz respeito aos santos que ressuscitarão com corpos transformados em corpo espiritual (soma pneumatikon), enquanto que, os corpos dos ímpios permanecerão em suas sepulturas até o dia do Juízo Final (Ap 20.12). Assim como Cristo ressuscitou corporalmente, também, os crentes salvos ressuscitarão corporalmente (Lc 24.39; At 7.55,56). Na lição referente à ressurreição tratamos sobre a natureza dos corpos ressurretos.
4. Os vivos preparados. O mesmo poder transformador operado nos corpos dos que morreram no Senhor atuará nos corpos dos crentes vivos naquele dia. Aos tessalonicenses, Paulo declarou: “depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados” (1 Ts 4.17); e aos coríntios, também, disse: “nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados” (1 Co 15.51). Quase que simultaneamente à ressurreição dos mortos em Cristo naquele momento, os vivos em Cristo também ouvirão a voz do arcanjo, e num tempo incontável, serão transformados e arrebatados ao encontro do Senhor nos ares. Os corpos mortais serão revestidos de imortalidade, porque nada terreno ou mortal poderá entrar na presença de Deus. Será o poder do espírito sobre a matéria, do incorruptível sobre o corruptível (1 Co 15.53,54). O arrebatamento dos vivos implica livrá-los do período terrível da Grande Tribulação.

IV. ELEMENTOS ESPECIAIS DO ARREBATAMENTO

Alguns elementos especiais e misteriosos indicam a natureza e procedimento do arrebatamento da Igreja na vinda do Senhor.
1. Surpresa. Esse elemento é rejeitado por alguns grupos que entendem que não haverá dois eventos distintos: o arrebatamento da Igreja e a vinda pessoal de Cristo. Ora, o que a Bíblia nos ensina é que, a Igreja, constituída pelos mortos e vivos em Cristo, se encontrará nas nuvens com o Senhor. Se por alguns a idéia da surpresa é rejeitada, uma grande maioria cristã prefere o que declara as Escrituras que destacam o elemento surpresa (Tt 2.13; Mt 24.35,36,42-44; 25.13). Esse elemento é fundamental porque a Igreja vive na esperança da vinda do Senhor.
2. Invisibilidade (1 Ts 4.17). Por que será um evento invisível e para quem? Será invisível para o mundo material porque os arrebatados serão constituídos somente dos transformados. A transformação será tão rápida, que nenhum instrumento cronológico terá condição de perceber ou marcar o tempo. Quando o crente conquistar esse corpo imaterial, a matéria perderá totalmente sua força (1 Co 15.43,44,49,51,53).
3. Imaterialidade (1 Co 15.42, 52,53). Na verdade, a transformação que ocorrerá na vinda do Senhor será extraordinária e gloriosa, pois o que é material se revestirá do imaterial, o corruptível do incorruptível. Todas as limitações da matéria em nossos corpos serão anuladas completamente, pois, literalmente, nossos corpos serão revestidos de espiritualidade.
4. Velocidade (1 Co 15.52). Para tentar explicar a velocidade do evento, Paulo usou o termo grego átomos, que aparece no texto sagrado pela expressão “num momento”, cujo sentido literal é indivisível (quanto ao tempo, aqui). A palavra átomos era usada para denotar “algo impossível de ser cortado ou dividido”. Também encontramos outras expressões bíblicas para denotar velocidade, tais como “abrir e fechar de olhos”, ou “o piscar de olhos”. Mesmo em época avançada e de velocidade da cibernética e da tecnologia, nada poderá contar e detectar o momento do milagre do arrebatamento da Igreja.

CONCLUSÃO
 Estudar e meditar sobre o arrebatamento da Igreja promove nos remidos a fé e a esperança na vinda do Senhor. Não nos preocupemos demasiadamente com as várias teorias de interpretação sobre o arrebatamento (se ocorrerá antes, no meio ou depois da Grande Tribulação), permaneçamos, sim, atentos ao fato de que Jesus virá. Devemos estar preparados para encontrar com o Senhor.


Os pós-tribulacionistas argumentam que os sofrimentos e tribulações são inevitáveis na vida dos cristãos, mas esses intérpretes erram em não separar os fatos relativos à palavra tribulação. Quando a palavra tribulação aparece em outros textos das Escrituras referindo-se à aflição, angústia, doenças, perseguição, está, na verdade, aludindo àquelas experiências cotidianas que todos os cristãos passam em suas vidas. São experiências que fortalecem a fé e nos tornam aptos para o arrebatamento da Igreja (2 Co 4.17). Os juízos da Grande Tribulação não são para a Igreja de Cristo.
O que acontecerá na metade da semana? O “desolador” (Anticristo) entrará em Jerusalém para destruir o templo e a cidade. Os midi-tribulacionistas tomam ainda o texto de Mt 24.1-14 para afirmarem que a Igreja estará na primeira metade da semana de Daniel e, do meio da Tribulação, a Igreja será arrebatada. Interpretam, ainda, que o arrebatamento ocorrerá depois de soada a sétima trombeta de Ap 11.15, pois confundem esta trombeta com a última trombeta de 1 Co 15.52. Ora, a sétima trombeta de Ap 11.15 é mais uma figura da manifestação da ira divina durante todo o período de sete anos da Grande Tribulação. Portanto, o arrebatamento da Igreja no meio da Grande Tribulação é raciocínio humano, sem apoio bíblico.
Os pré-tribulacionistas entendem que a Igreja não é advertida a aguardar a Grande Tribulação, mas sim, orientada a esperar a vinda do Senhor antes que o Anticristo apareça (1 Ts 4.17; 1 Co 15.51,52). A Igreja não conhecerá o Anticristo. Sua esperança se baseia no fato de que não precisará submeter-se ao domínio do Anticristo, mas que, antes será arrebatada. De fato, o sinal maior para o mundo do aparecimento do Anticristo será o desaparecimento da Igreja de Cristo da face da terra.

 Em relação ao participantes do arrebatamento da Igreja, dois personagens são claramente citados em 1 Ts 4.16:
Jesus mesmo, pessoalmente, dará ordem aos seus anjos para que reúnam os remidos de toda a Terra para o encontro com Ele sobre as nuvens. A ênfase está na expressão “o mesmo”, porque se refere Àquele que passará a ter todo o poder e glória, isto é, o mesmo que morreu e ressuscitou. “O mesmo” em quem a Igreja tem confiado se encontrará com ela naquele dia especial.
Alguns intérpretes divergem sobre o sentido de 1 Ts 4.16, quanto ao papel do arcanjo. Os intérpretes conservadores, no entanto, são acordes. A Bíblia reconhece apenas um arcanjo, Miguel, destacado como “um dos primeiros príncipes de Deus” (Dn 10.13.21).

Quando morre, o ser humano se despe do corpo, sua roupagem material, e o ensino bíblico é que o crente em Cristo na vinda do Senhor, será vestido de uma nova roupagem espiritual. Primeiro, é despido da roupagem material; depois, a alma e o espírito são revestidos pelo espiritual. Não teremos um outro corpo, mas o mesmo corpo inglório e corruptível, porém, glorificado.
Nosso corpo material se caracteriza pela dissolução, pela velhice, pelo declínio, inerentes à natureza decaída pelo pecado. Quando alguém morre, seu corpo vira pó, não importa que tipo de morte ou forma de sepultamento.
A Bíblia usa a figura da vestimenta quando emprega a palavra “revestir” provando que o corpo é o vestido da parte espiritual do ser humano.





E a Bíblia tinha razão


E a Bíblia tinha razão

“Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes” (1 Ts 2.13).
Recentemente li uma notícia sobre a confiabilidade dos relatos bíblicos:
Cientistas que pesquisavam espécies de mariposas em Israel para a Universidade Hebraica de Jerusalém e para o Museu Estadual de Zoologia de Munique descobriram com que precisão a Bíblia descreve até mesmo detalhes da natureza.
Há quatro anos o Dr. Günter C. Müller e o Prof. Yosef Schlein descobriram na região mediterrânea uma espécie de lagarta até então desconhecida da comunidade científica. Eles a examinaram longamente e apresentaram um relatório conclusivo a respeito dela.
Essa lagarta pode destruir um arbusto de mamona (rícino) em pouquíssimo tempo. Em experiências de laboratório, os cientistas observaram que aparentemente a lagarta só consegue sobreviver na mamona (que é extremamente venenosa), que ela é arredia à luz e que só se alimenta à noite. Müller diz que “até agora não se conhecia nenhum animal que comesse essa planta”. Por esse motivo, os biólogos não levavam a sério o relato bíblico a respeito do “verme” que teria feito um arbusto secar da noite para o dia, conforme diz o livro de Jonas, no Antigo Testamento...
Müller afirma: “Fiquei surpreso ao perceber como a Bíblia é precisa ao descrever essa lagarta”. Isso também vale para outros insetos. Muitos autores bíblicos descrevem fatos naturais com precisão.[1]
“Mas Deus, no dia seguinte, ao subir da alva, enviou um verme, o qual feriu a planta, e esta se secou” (Jn 4.7). Na foto: a lagarta Olepa schleini sobre um ramo de rícino.
O relato bíblico diz: “Então fez o Senhor Deus nascer uma planta*, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre sua cabeça, a fim de o livrar do seu desconforto. Jonas, pois, se alegrou em extremo por causa da planta. Mas Deus, no dia seguinte, ao subir da alva, enviou um verme, o qual feriu a planta, e esta se secou. Em nascendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; o sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que desfalecia, pelo que pediu para si a morte, dizendo: Melhor me é morrer do que viver!” (Jn 4.6-8).
Novas descobertas genéticas também descartam a teoria de que o homem descende do macaco. É o que escreve o famoso bioquímico Fazale Rana, do instituto de pesquisas “Reasons to Believe” (Razões Para Crer), em Glendora (Califórnia). Em seu livro Who Was Adam? (Quem Foi Adão?), ele se refere a pesquisas sérias com material genético humano e de fósseis, explicando que especialistas em DNA chegaram à conclusão de que não há ligações biológicas entre o homem e supostos antepassados hominídeos. Ao invés disso, acumulam-se as evidências de que a humanidade existe há menos de 100.000 anos. Ela também teria se formado a partir de um único homem e uma única mulher.
Igualmente espantosa seria a descoberta de que os primeiros seres humanos viviam na região onde hoje fica o Iraque. Os teólogos localizam o Jardim do Éden nessa região. “Hoje, a probabilidade de que a história da criação, conforme relatada na Bíblia, deve ser tomada de forma literal e de que Adão e Eva foram pessoas históricas, é maior do que nos séculos passados”, diz Rana. A teoria da evolução não se sustenta à luz da ciência moderna.[2]
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27). (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

A Bíblia – atual, autêntica, confiável

Lendo a Palavra


A Bíblia – atual, autêntica, confiável

Norbert Lieth
Um jovem solicitou ao seu pastor que escrevesse uma dedicatória em sua Bíblia. Um bom versículo já constava na página em branco: "Eu sou o pão da vida." O pastor apenas acrescentou: "Não o deixe mofar". O jovem jamais esqueceu esse conselho. Ele o pôs em prática lendo a Bíblia como sendo o pão da vida, fazendo dela seu alimento espiritual diário. Durante toda a sua vida ele foi grato por isso.

Singular em sua divulgação

A Bíblia é de longe o livro mais traduzido do mundo. Partes da Bíblia podem ser lidas atualmente em mais de 2.212 línguas diferentes e todo ano a lista é acrescida de 40 novas traduções. Nenhum outro livro também se aproxima da sua tiragem: o número de exemplares impressos sobe a cada ano, apesar da Bíblia ter sido o livro mais atacado em todos os tempos. Soberanos de todas as épocas, políticos, reis e ditadores, até líderes religiosos e seus cúmplices tentaram privar o povo de sua leitura. Combateram-na, despojaram-na de seu conteúdo, tentaram destruí-la. Pode-se dizer que jamais outro livro foi tão amado e ao mesmo tempo tão odiado quanto a Bíblia!

Singular em sua formação

Na verdade, a Bíblia é uma pequena biblioteca formada por 66 volumes. Ela foi escrita por aproximadamente 40 autores diferentes, durante um período de mais ou menos 1500 anos. Com toda a certeza ela não foi escrita por iniciativa coletiva. Ela também não foi planejada por alguém. Um dos autores escreveu na Arábia, outro na Síria, um terceiro em Israel, e ainda outro na Grécia ou na Itália. Um dos autores atuou mais como historiador ou repórter, outro escreveu como biógrafo, outro escreveu tratados teológicos, ainda outro compôs poemas e escreveu provérbios, enquanto outro registrou profecias. Eles escreveram sobre famílias, povos, reis, soberanos e impérios do mundo. O escritor das primeiras páginas jamais poderia saber o que outro escreveria 1400 anos mais tarde. Os escritores de séculos futuros nunca poderiam saber, por si mesmos, o sentido profético de um texto escrito centenas de anos antes. Mesmo assim, a Bíblia é um livro de uma unidade impressionante, com coerência do início ao fim, tendo um tema comum e falando de uma pessoa central: Jesus Cristo. A Bíblia é o único livro no qual milhares de profecias se cumpriram literalmente. Suas predições realizaram-se nos mínimos detalhes durante a história. Locais e datas mencionados nos relatos bíblicos foram confirmados pela ciência. Quando nos perguntamos como foi possível aos autores alcançarem uma unidade e uniformidade tão grandes no que escreveram, concluímos que só nos resta a resposta de 2 Pedro 1.21: "Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo." Em outra passagem, a Bíblia diz: "Toda a Escritura é inspirada por Deus..." (2 Tm 3.16). Um filósofo francês expressou-se da seguinte maneira sobre a maravilha que é a Bíblia: "Quão miseráveis e desprezíveis são as palavras dos filósofos quando comparadas com as da Bíblia! É possível um livro tão simples, mas ao mesmo tempo tão perfeito, ser palavra humana?"

Singular em seus efeitos

Um ateu enviou a um jovem cristão grande número de artigos selecionados para convencê-lo de que a Bíblia era atrasada em muitas de suas afirmações e ultrapassada pelos conhecimentos dos tempos atuais. O jovem respondeu:
Se você tiver algo melhor que o Sermão do Monte, alguma coisa mais bela que a história do filho pródigo ou do bom samaritano, alguma norma ou lei de nível superior aos Dez Mandamentos, se você puder apresentar algo mais consolador que o Salmo 23, ou algum texto que me revele melhor o amor de Deus e esclareça mais o meu futuro do que a Bíblia, então – por favor, envie-o para mim com urgência!
Nenhum outro livro além da Bíblia transformou a vida de tantas pessoas para melhor. Ela é um livro honesto e mostra o ser humano como ele é. A Bíblia expõe o pecado e aponta o caminho para o perdão, ela exorta e consola, faz-nos ser humildes e nos edifica. A Bíblia nos mostra a razão de viver, coloca-nos diante de um alvo que faz sentido, e com ela entendemos a origem e o futuro da criação e da humanidade. A Bíblia lança luz sobre nossas dúvidas. Ela coloca a esperança diante de nossos olhos e fala de Deus e da eternidade como nenhum outro livro jamais o poderia fazer. Até Friedrich Nietzsche, inimigo do cristianismo, disse sobre a Bíblia:
Ela é o livro da justiça de Deus. Ela descreve coisas e pessoas em um estilo tão perfeito, que os escritos gregos e hindus não podem ser comparados a ela. O estilo do Antigo Testamento é uma parâmetro de avaliação tanto de escritores famosos como de iniciantes.
Infelizmente, Nietzsche nunca seguiu pessoalmente o que a Bíblia diz.
O escritor Ernst Wiechert escreveu sobre a Bíblia:
Tudo me encantava, muitas coisas me comoviam, outras me abalavam. Mas nada formou e moldou tanto minha alma naqueles anos como o Livro dos Livros. Não me envergonho das lágrimas que derramei sobre as páginas da Bíblia.
Marc Chagall, o gande pintor judeu, disse: "Desde minha infância a Bíblia me orientou com sua visão sobre o rumo do mundo e me inspirou em meu trabalho."

Singular em sua confiabilidade

Alexander Schick escreve:
Nenhum livro de toda a literatura universal pode ser documentado de maneira tão impressionante no que diz respeito ao seu texto original. E nenhum outro livro apresenta uma tão farta profusão de provas de sua autenticidade. Achados de antigos escritos nos dão a certeza de que temos em mãos a Bíblia com a mesma mensagem que os cristãos da igreja primitiva.

A Bíblia – ela funciona!

Em uma revista alemã encontramos o texto abaixo, que transcrevemos por ser muito precioso:
A Bíblia mostra a vontade de Deus, a situação do ser humano, o caminho da salvação, o destino dos pecadores e a bem-aventurança dos crentes.
  • Seus ensinos são sagrados, seus preceitos exigem comprometimento, seus relatos são verdadeiros e suas decisões, imutáveis.
  • Leia-a para tornar-se sábio e viva de acordo com ela para ser santo.
  • A Bíblia lhe ilumina o caminho, fornece alimento para seu sustento, dá refrigério e alegria ao seu coração.
  • Ela é o mapa dos viajantes, o cajado dos peregrinos, a bússola dos pilotos, a espada dos soldados e o manual de vida dos cristãos.
  • Nela o paraíso foi restabelecido, o céu se abriu e as portas do inferno foram subjugadas.
  • Cristo é seu grandioso tema, nosso bem é seu propósito, e a glorificação de Deus é seu objetivo.
  • Ela deve encher nossos pensamentos, guiar nosso coração e dirigir nossos passos.
  • Leia-a devagar, com freqüência, em oração. Ela é fonte de riqueza, um paraíso de glórias e uma torrente de alegrias.
  • Ela lhe foi dada nesta vida, será aberta no juízo e lembrada para sempre.
  • Ela nos impõe a maior responsabilidade, compensará os maiores esforços e condenará todos os que brincarem com seu conteúdo sagrado.
Um mecânico foi chamado para consertar o mecanismo de um gigantesco telescópio. Na hora do almoço o astrônomo-chefe encontrou-o lendo a Bíblia. "O que você espera de bom desse livro?", perguntou ele. "A Bíblia é ultrapassada, e nem se sabe quem a escreveu!"
O mecânico hesitou por um momento, levantou seus olhos e disse: "O senhor não usa com freqüência surpreendente a tabuada em seus cálculos?"
"Sim, naturalmente", respondeu o astrônomo.
"O senhor sabe quem a escreveu?"
"Por quê? Não, bem, eu suponho... Eu não sei!"
"Por que, então", disse o mecânico, "o senhor confia na tabuada?"
"Confiamos porque – bem, porque ela funciona", concluiu o astrônomo, irritado.
"Bem, e eu confio na Bíblia pela mesma razão – ela funciona!"
A Bíblia – atual, autêntica, confiável! Quem lê a Bíblia tem uma vida plena

VALE A PENA ENTREGAR FOLHETOS

O homenzinho da Rua George




Alguma vez você já se perguntou o que resulta da distribuição de folhetos? O relato abaixo, do pastor Dave Smethurst, de Londres, responde essa pergunta:
“É uma história extraordinária a que eu vou contar. Tudo começou há alguns anos em uma Igreja Batista que se reúne no Palácio de Cristal ao Sul deLondres. Estávamos chegando ao final do culto dominical quando um homem se levantou em uma das últimas fileiras de bancos, ergueu sua mão e perguntou: “Pastor, desculpe-me, mas será que eu poderia dar um rápido testemunho?” Olhei para meu relógio e concordei, dizendo: “Você tem três minutos!” O homem logo começou com sua história:
“Mudei-me para cá há pouco tempo. Eu vivia em Sydney, na Austrália. Há alguns meses estive lá visitando alguns parentes e fui passear na rua George. Ela se estende do bairro comercial de Sydney até a área residencial chamada Rock. Um homem baixinho, de aparência um pouco estranha, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja, entregou-me um folheto e perguntou: ‘Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje à noite, o senhor irá para o céu?’ – Fiquei perplexo com essas palavras, pois jamais alguém havia me perguntado uma coisa dessas. Agradeci polidamente pelo folheto, mas na viagem de volta para Londres eu me sentia bastante confuso com o episódio. Entrei em contato com um amigo que, graças a Deus, é cristão, e ele me conduziu a Cristo”.
Todos aplaudiram suas palavras e deram-lhe as boas-vindas, pois os batistas gostam de testemunhos desse tipo.
Uma semana depois, voei para Adelaide, no Sul da Austrália. Durante meus três dias de palestras em uma igreja batista local, uma mulher veio se aconselhar comigo. A primeira coisa que fiz foi perguntar sobre sua posição em relação a Jesus Cristo. Ela respondeu:

A rua George, em Sydney.
“Morei em Sydney por algum tempo, e há alguns meses voltei lá para visitar amigos. Estava na rua George fazendo compras quando um homenzinho de aparência curiosa, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja e veio em minha direção, ofereceu-me um folheto e disse: ‘Desculpe, mas a senhora já é salva? Se morrer hoje, vai para o céu?’ – Essas palavras me deixaram inquieta. De volta a Adelaide, procurei por um pastor de uma igreja batista que ficava perto de minha casa. Depois de conversarmos, ele me conduziu a Cristo. Assim, posso lhe dizer que agora sou crente”.
Eu estava ficando muito admirado. Duas vezes, no prazo de apenas duas semanas, e em lugares tão distantes, eu ouvira o mesmo testemunho. Viajei para mais uma série de palestras na Mount Pleasant Church em Perth, no Oeste da Austrália. Quando concluí meu trabalho na cidade, um ancião da igreja me convidou para almoçar. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele tinha se tornado cristão. Ele explicou:
“Aos quinze anos vim a esta igreja, mas não tinha um relacionamento real com Jesus. Eu simplesmente participava das atividades, como todo mundo. Devido à minha capacidade para negócios e meu sucesso financeiro, minha influência na igreja foi aumentando. Há três anos fiz uma viagem de negócios a Sydney. Um homem pequeno, de aparência estranha, saiu da entrada de uma loja e me entregou um panfleto religioso – propaganda barata – e me fez a pergunta: ‘Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, o senhor vai para o céu?’ – Tentei explicar-lhe que eu era ancião de uma igreja batista, mas ele nem quis me ouvir. Durante todo o caminho de volta para casa, de Sydney a Perth, eu fervia de raiva. Esperando contar com a simpatia do meu pastor, contei-lhe a estranha história. Mas ele não concordou comigo de forma alguma. Há anos ele vinha me incomodando e dizendo que eu não tinha um relacionamento pessoal com Jesus, e tinha razão. Foi assim que, há três anos, meu pastor me conduziu a Cristo”.
Voei de volta para Londres e logo depois falei na Assembléia Keswick no Lake-District. Lá relatei esses três testemunhos singulares. No final da série de conferências, quatro pastores idosos vieram à frente e contaram que eles também foram salvos, há 25-30 anos atrás, pela mesma pergunta e por um folheto entregue na rua George em Sydney, na Austrália.
Na semana seguinte viajei para uma igreja semelhante à de Keswick e falei a missionários no Caribe. Também lá contei os mesmos testemunhos. No final da minha palestra, três missionários vieram à frente e explicaram que há 15-25 anos atrás eles igualmente haviam sido salvos pela pergunta e pelo folheto do homenzinho da rua George na distante Austrália.
Minha próxima série de palestras me conduziu a Atlanta, na Geórgia (EUA). Fui até lá para falar num encontro de capelães da Marinha. Por três dias fiz palestras a mais de mil capelães de navios. No final, o capelão-mor me convidou para uma refeição. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele havia se tornado cristão.
“Foi um milagre. Eu era marinheiro em um navio de guerra no Pacífico Sul e vivia uma vida desprezível. Fazíamos manobras de treinamento naquela região e renovávamos nossos estoques de suprimentos no porto de Sydney. Ficamos totalmente largados. Em certa ocasião eu estava completamente embriagado e peguei o ônibus errado. Desci na rua George. Ao saltar do ônibus pensei que estava vendo um fantasma quando um homem apareceu na minha frente com um folheto na mão e perguntando: ‘Marinheiro, você está salvo? Se morrer hoje à noite, você vai para o céu?’ – O temor de Deus tomou conta de mim imediatamente. Fiquei sóbrio de repente, corri de volta para o navio e fui procurar o capelão. Ele me levou a Cristo. Com sua orientação, logo comecei a me preparar para o ministério. Hoje tenho a responsabilidade sobre mais de mil capelães da Marinha, que procuram ganhar almas para Cristo”.

“Desculpe, mas você é salvo? Se morrer hoje, vai para o céu?”
Seis meses depois, viajei a uma conferência reunindo mais de cinco mil missionários no Nordeste da Índia. No final, o diretor da missão me levou para comer uma refeição simples em sua humilde e pequena casa. Também perguntei a ele como tinha deixado de ser hindu para tornar-se cristão.
“Cresci numa posição muito privilegiada. Viajei pelo mundo como representante diplomático da Índia. Sou muito feliz pelo perdão dos meus pecados, lavados pelo sangue de Cristo. Ficaria muito envergonhado se descobrissem tudo o que aprontei naquela época. Por um tempo, o serviço diplomático me conduziu a Sydney. Lá fiz algumas compras e estava levando pacotes com brinquedos e roupas para meus filhos. Eu descia a rua George quando um senhor bem-educado, grisalho e baixinho chegou perto de mim, entregou-me um folheto e me fez uma pergunta muito pessoal: ‘Desculpe-me, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, vai para o céu?’ – Agradeci na hora, mas fiquei remoendo esse assunto dentro de mim. De volta a minha cidade, fui procurar um sacerdote hindu. Ele não conseguiu me ajudar mas me aconselhou a satisfazer minha curiosidade junto a um missionário na Missão que ficava no fim da rua. Foi um bom conselho, pois nesse dia o missionário me conduziu a Cristo. Larguei o hinduísmo imediatamente e comecei a me preparar para o trabalho missionário. Saí do serviço diplomático e hoje, pela graça de Deus, tenho responsabilidade sobre todos esses missionários, que juntos já conduziram mais de 100.000 pessoas a Cristo”.
Oito meses depois, fui pregar em Sydney. Perguntei ao pastor batista que me convidara se ele conhecia um homem pequeno, de cabelos brancos, que costumava distribuir folhetos na rua George. Ele confirmou: “Sim, eu o conheço, seu nome é Mr. Genor, mas não creio que ele ainda faça esse trabalho, pois já está bem velho e fraco”. Dois dias depois fomos procurar por ele em sua pequena moradia. Batemos na porta, e um homenzinho pequeno, frágil e muito idoso nos saudou. Mr. Genor pediu que entrássemos e preparou um chá para nós. Ele estava tão debilitado e suas mãos tremiam tanto que continuamente derramava chá no pires. Contei-lhe todos os testemunhos que ouvira a seu respeito nos últimos três anos. As lágrimas começaram a rolar pela sua face, e então ele nos relatou sua história:
“Eu era marinheiro em um navio de guerra australiano. Vivia uma vida condenável. Durante uma crise entrei em colapso. Um dos meus colegas marinheiros, que eu havia incomodado muito, não me deixou sozinho nessa hora e ajudou a me levantar. Conduziu-me a Cristo, e minha vida mudou radicalmente de um dia para outro. Fiquei tão grato a Deus que prometi dar um testemunho simples de Jesus a pelo menos dez pessoas por dia. Quando Deus restaurou minhas forças, comecei a colocar meu plano em prática. Muitas vezes ficava doente e não conseguia cumprir minha promessa, mas assim que eu melhorava recuperava o tempo perdido. Depois que me aposentei, escolhi para meu propósito um lugar na rua George, onde centenas de pessoas cruzavam meu caminho diariamente. Algumas vezes as pessoas rejeitavam minha oferta, mas também havia as que recebiam meus folhetos com educação. Há quarenta anos faço isso, mas até o dia de hoje não tinha ouvido falar de ninguém que tivesse se voltado para Jesus através do meu trabalho”.
Aqui vemos o que é verdadeira dedicação: demonstrar amor e gratidão a Jesus por quarenta anos sem saber de qualquer resultado positivo. Esse homem simples, pequeno e sem dons especiais deu testemunho de sua fé para mais de 150.000 pessoas. Penso que os frutos do trabalho de Mr. Genor que Deus mostrou ao pastor londrino sejam apenas uma fração da ponta do iceberg.

O céu conhece Mr. Genor, e podemos imaginar vividamente a maravilhosa recepção que ele teve quando entrou por suas portas.
Só Deus sabe quantas pessoas mais foram ganhas para Cristo através desses folhetos e das palavras desse homem. Mr. Genor, que realizou um enorme trabalho nos campos missionários, faleceu duas semanas depois de nossa visita. Você pode imaginar o galardão que o esperava no céu? Duvido que sua foto tenha aparecido alguma vez em alguma revista cristã. Também duvido que alguém tenha visto uma reportagem ilustrada a seu respeito. Ninguém, a não ser um pequeno grupo de batistas de Sydney, conhecia Mr. Genor, mas eu asseguro que no céu seu nome é muito conhecido. O céu conhece Mr. Genor, e podemos imaginar vividamente a maravilhosa recepção que ele teve quando entrou por suas portas. (extraído de Worldmissions – redação final: Werner Gitt)

Vale a Pena!

“Disse-lhe o Senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21).
Existem muitas organizações que trabalham com literatura cristã. Inúmeros irmãos fazem uso de folhetos, livros, fitas e revistas para divulgar o Evangelho, mas geralmente não vêem o resultado de suas atividades missionárias. Isso pode causar desânimo, e certamente muitos distribuidores de folhetos já se perguntaram: “Será que vale a pena?”
Com freqüência ficamos sabendo de pessoas que se converteram através de um folheto ou de um livro, ou que foram fortalecidas na fé por meio da literatura. Mesmo que jamais saibamos dos resultados de nossa semeadura, eles são prometidos pelo Senhor (veja Is 55.11). Além disso, um obreiro na “seara do Senhor” não é avaliado pelo número de pessoas que se convertem pelo seu trabalho mas por sua fidelidade no trabalho cristão. Também devemos ter sempre em mente que nós não convertemos ninguém. Só Deus é que pode tocar os corações, despertar as consciências e, pelo Espírito Santo, conduzir uma pessoa à fé em Jesus Cristo. O exemplo citado mostra que Ele faz isso em nossos dias e que pode agir através de muito ou de pouco. Que este testemunho anime os distribuidores de folhetos a continuarem semeando com perseverança a boa semente, que certamente dará frutos a seu tempo. (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br).

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Estado Intermediário dos mortos






“E no Hades, ergueu o olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio” (Lc 16.23).


O Estado Intermediário representa um lugar espiritual fixo onde as almas e os espíritos dos mortos aguardam a ressurreição de seus corpos, para apresentarem-se, posteriormente, perante o Supremo Juiz.


Lucas 16.19-31.

19 - Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
20 - Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele.
21 - E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
22 - E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.
23 - E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio.
24 - E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25 - Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e tu, atormentado.
26 - E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá.
27 - E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,
28 - pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.
29 - Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
30 - E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.
31 - Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.


introdução
Como existe uma diversidade de interpretações a respeito e, para evitar confusão de idéias acerca do Estado Intermediário, devemos aclarar essa doutrina.

I. A VIDA DEPOIS DA MORTE

São vários os argumentos que reforçam a doutrina bíblica sobre a vida além-túmulo.
1. Argumento histórico. Se a questão da vida além-morte estivesse fundamentada apenas em teorias e conjecturas filosóficas, ela já teria desaparecido. Mas as provas da crença na imortalidade estão impressas na experiência da humanidade.
2. Argumento teleológico. Procura provar que a vida do ser humano tem uma finalidade além da própria vida física. Há algo que vai além da matéria de nossos corpos, é a parte espiritual. Quando Jesus Cristo aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, estava, de fato, desfazendo a morte espiritual e concedendo vida eterna, a imortalidade (2 Tm 1.10). A vida humana tem uma finalidade superior, uma razão de ser, um desígnio.
3. Argumento moral. Há um governador moral dentro de cada ser humano chamado consciência que rege as suas ações. Sua existência dentro do espírito humano indica sua função interna, como um sensor moral, aliado à soberania divina.
4. Argumento metafísico. Os elementos imateriais do ser humano denunciam o sentido metafísico que compõe a sua alma e espírito. Esses elementos são indissolúveis; portanto, como evitar a realidade da vida além-morte? É impossível! A palavra imortalidade no grego é athanasia e significa literalmente ausência de morte. No sentido pleno, somente Deus possui vida total, imperecível e imortal (1 Tm 1.17). Ele é a Fonte de vida eterna e ninguém mais pode dá-la. No sentido relativo, o crente possui imortalidade conquistada pelos méritos de Jesus no Calvário (2 Tm 1.8-12).

II. O QUE NÃO É ESTADO INTERMEDIÁRIO

1. Não é Purgatório. Heresia lançada pelos católicos romanos para identificar o Sheol-Hades como lugar de prova, ou de segunda oportunidade, para as almas daquelas pessoas que não conseguiram se purificar o suficiente para galgarem o céu. Declara a doutrina romana que é uma forma desses mortos serem provados e submetidos a um processo de purificação. Entretanto, essa doutrina não tem base na Bíblia e é feita sobre premissas falsas. Se o Purgatório fosse uma realidade, então a obra de Cristo não teria sido completa. Se alguém quer garantir sua salvação eterna, precisa garanti-la em vida física. Depois da morte, só resta a ressurreição.
2. Não é o Limbus Patrum. O vocábulo limbus significa borda, orla. A idéia é paralela ao Purgatório e foi criada pelos católicos romanos para denotar um lugar na orla ou na borda do inferno, onde as almas dos antigos santos ficavam até a ressurreição. Ensina ainda essa igreja que o limbus patrum (pais) era aquela orla do inferno onde Cristo desceu após sua morte na cruz, para libertar os pais (santos do Antigo Testamento) do seu confinamento temporário e levá-los em triunfo para o céu. Identificam “o seio de Abraão” como sendo o limbus patrum (Lc 16.23). Mas, o limbus patrum não tem apoio bíblico, e nem existe uma orla para os pais (santos antigos).
3. Não é o Limbus Infantus. A palavra infantus refere-se à crianças. Na doutrina romana, havia no Sheol-Hades um lugar especial de habitação das almas de todas as crianças não batizadas. Segundo essa doutrina, nenhuma criança não batizada pode entrar no céu. Por outro lado, é inaceitável a idéia do limbus infantus como um lugar de prova, também, para crianças.
4. Não é um estado para reencarnações. Não é um lugar de migrações e perambulações espaciais.
Os espíritas gostam de usar o texto de Lucas 16.22,23, para afirmarem que os mortos podem ajudar os vivos. Mas Jesus, ao ensinar sobre o assunto, declarou que era impossível que Lázaro ou algum outro que estivesse no Paraíso saísse daquele lugar para entregar mensagem aos familiares do rico. Jesus disse que os vivos tinham “a Lei e os Profetas”, isto é, eles tinham as Escrituras. Os mortos não podiam sair de seus lugares para se comunicarem com os vivos. Portanto, é uma fraude afirmar essa possibilidade de comunicação com os mortos. Usam equivocadamente João 3.3 para defenderem a idéia da reencarnação. Vários textos bíblicos anulam essa falsa doutrina (Dt 18.9-14; Jó 7.9,10; Ec 9.5,6; Lc 16.31).

III. O QUE É ESTADO INTERMEDIÁRIO

1. É uma habitação espiritual fixa e temporal. Biblicamente, o Estado Intermediário é um modo de existir entre a morte física e a ressurreição final do corpo sepultado. No Antigo Testamento, esse lugar é identificado como Sheol (no hebraico), e no Novo Testamento como Hades (no grego). Os dois termos dizem respeito ao reino da morte (Sl 18.5; 2 Sm 22.5,6). É um lugar espiritual em que as almas e espíritos dos mortos habitam fixamente até que seus corpos sejam ressuscitados, para a vida eterna ou para a perdição eterna. E o estado das almas e espíritos, fora dos seus corpos, aguardando o tempo em que terão de comparecer perante Deus.
2. E um lugar de consciência ativa e ação racional. Segundo Jesus descreveu esse lugar, o rico e Lázaro participam de uma conversação no Sheol-Hades, estando apenas em lados diferentes (Lc 16.19-31). O apóstolo Paulo descreve-o, no que tange aos salvos, como um lugar de comunhão com o Senhor (2 Co 5.6-9; Fp 1.23). A Bíblia denomina-o como um “lugar de consolação”, “seio de Abraão” ou “Paraíso” (Lc 16.22,25; 2 Co 12.2-4). Se fosse um lugar neutro para as almas e espíritos dos mortos, não haveria razão para Jesus identificá-lo com os nomes que deu. Da mesma forma, “o lugar de tormento” não teria razão de ser, se não houvesse consciência naquele lugar. Rejeita-se segundo a Bíblia, a teoria de que o Sheol-Hades é um lugar de repouso inconsciente. A Bíblia fala dos crentes falecidos como “os que dormem no Senhor” (1 Co 15.6; 1 Ts 4.13), e isto não refere-se a uma forma de dormir inconsciente, mas de repouso, de descanso. As atividades existentes no Sheol-Hades não implicam que os mortos possam sair daquele lugar, mas que estão retidos até a ressurreição de seus corpos para apresentarem-se perante o Senhor (Lc 16.19-31; 23.43; At 7.59).

IV. O SHEOL-HADES, ANTES E DEPOIS DO CALVÁRIO

1. Antes do Calvário. O Sheol-Hades dividia-se em três partes distintas. Para entender essa habitação provisória dos mortos, podemos ilustrá-lo por um círculo dividido em três partes. A primeira parte é o lugar dos justos, chamada “Paraíso”, “seio de Abraão”, “lugar de consolo” (Lc 16.22,25; 23.43). A segunda é a parte dos ímpios, denominada “lugar de tormento” (Lc 16.23). A terceira fica entre a dos justos e a dos ímpios, e é identificada como “lugar de trevas”, “lugar de prisões eternas”, “abismo” (Lc 16.26; 2 Pe 2.4; Jd v.6). Nessa terceira parte foi aprisionada uma classe de anjos caídos, a qual não sai desse abismo, senão quando Deus permitir nos dias da Grande Tribulação (Ap 9.1-12). Não há qualquer possibilidade de contato com esses espíritos caídos; habitantes do Poço do Abismo.
2. Depois do Calvário. Houve uma mudança dentro do mundo das almas e espíritos dos mortos após o evento do Calvário. Quando Cristo enfrentou a morte e a sepultura, e as venceu, efetuou uma mudança radical no Sheol-Hades (Ef 4.9,10; Ap 1.17,18). A parte do “Paraíso” foi trasladada para o terceiro céu, na presença de Deus (2 Co 12.2,4), separando-se completamente das “partes inferiores“ onde continuam os ímpios mortos. Somente, os justos gozam dessa mudança em esperança pelo dia final quando esse estado temporário se acabará, e viverão para sempre com o Senhor, num corpo espiritual ressurreto.

CONCLUSÃO

Essa doutrina bíblica fortalece a nossa fé ao dar-nos segurança acerca dos mortos em Cristo, e é a garantia de que a vida humana tem um propósito elevado, além de renovar a nossa esperança de estar para sempre com o Senhor.

“A maioria dos israelitas, porém, olhava para a vida com uma atitude positiva (Sl 128.5,6). O suicídio era extremamente raro, e uma vida longa era considerada bênção de Deus (Sl 91.16). A morte trazia tristeza, usualmente expressada com lamentações em voz alta e com luto profundo (Mt 9.23; Lc 8.52).
Os costumes israelitas de sepultamento eram diferentes daqueles praticados pelos povos em derredor. Os túmulos dos faraós ficavam repletos de móveis e de muitos outros objetos visando proporcionar-lhes o mesmo nível de vida no além. Os cananitas colocavam uma lâmpada, um vasilhame de óleo e um vaso de alimentos no esquife de cada pessoa sepultada. Os israelitas agiam doutra forma. O corpo, envolvido em pano de linho, usualmente ungido com especiarias, era simplesmente deitado num túmulo ou enterrado numa cova. Isso não significava, porém, que não acreditassem na vida no além. Falavam da ida do espírito a um lugar que, em hebraico, era chamado She’ol ou, às vezes, mencionavam à presença de Deus.” (Teologia Sistemática, CPAD)

“Várias religiões orientais, por causa do seu conceito cíclico da História, ensinam a reencarnação. Na morte, a pessoa recebe uma nova identidade, e nasce noutra vida como animal, um ser humano, ou até mesmo um deus. Sustentam que as ações da pessoa geram uma força, karma, que exige a transmigração das almas e determina o destino da pessoa na próxima existência. A Bíblia, todavia, deixa claro que agora é o dia da salvação (2 Co 6.2). Não podemos salvar-nos mediante as nossas boas obras. Deus tem providenciado por meio de Jesus Cristo a salvação total que expia os nossos pecados, e cancela a nossa culpa. Não precisamos doutra vida para cuidar dos pecados e enganos desta vida, ou de quaisquer supostas existências anteriores. Além disso: ‘E como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação [inclusive a plenitude das bênçãos da nossa herança]’ (Hb 9.27,28).” (Teologia Sistemática, CPAD)

“A palavra ‘Paraíso’ é de origem persa e significa uma espécie de jardim, usada simbolicamente quanto ao lugar dos justos mortos. No Paraíso, Lázaro podia conversar com o rico que ali sofria o tormento dos ímpios, havendo entre eles um ‘abismo’ intransponível (Lc 16.18-31). Depois de Sua morte Jesus esteve ‘três dias e três noites no coração da terra’ (Mt 12.40; At 2.27; Ez 31.15-17). Paulo descreve esse lugar como ‘as regiões inferiores da terra’ (Ef 4.9). Portanto, concluímos que o Paraíso em que Jesus e o malfeitor entraram estava no coração da terra. Nesta descida ao Hades, Cristo efetuou uma grande e permanente mudança na região dos salvos, isto é, nas condições dos justos mortos. Ele ‘anunciou’ a Sua vitória aos espíritos ali retidos. É o que significa a expressão de Pedro, que ‘Cristo... pregou aos espíritos em prisão...’ (1 Pe 3.18-20). A palavra usada no original implica em anunciar, comunicar; não pregar, como se entende em homilética.” (O plano divino através dos séculos, CPAD)