Retire a pedra de tropeço

Retire a pedra de tropeço
Se o teu olho te escandalizar,arranca-o e lança para longe de ti.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O tempo de dançar chegou?

"O tempo de cantar chegou; o tempo de dançar chegou; o tempo de cantar chegou..."Para o servo do Senhor, sempre é tempo de cantar louvores. Mas estamos num tempo em que devemos também chorar, clamar, buscar mais a Deus... À luz da Palavra do Senhor, é também tempo de evangelizar, de guardar o que temos recebido do Senhor, de vigiar.
Concordo que cantar — quando de fato cantamos louvores — seja importante, porém não é a nossa prioridade. As últimas palavras de Jesus antes de ser assunto ao céu foram mandamentos e orientações quanto à evangelização do mundo (Mt 28.19; Mc 16.15; At 1.8). Por isso, preferiria: "O tempo de evangelizar chegou".
"O tempo de dançar chegou"
Bem, para mim nunca foi e nunca será tempo de dançar. Mas tenho de ser convincente em minhas explicações, uma vez que os amantes da dança (que já devem ser maioria) ficarão muito bravos comigo...
Por que o tempo de dançar não chegou e nunca chegará, pelo menos para quem deseja andar segundo as Escrituras? Por várias razões.

1) Ao longo da História, a dança nunca esteve presente na liturgia das igrejas cristãs. É claro que uma ou outra pessoa falava em “dança no Espírito”, e outras até cantavam, sem dançar, o famoso corinho “Se o Espírito de Deus se move em mim, eu danço como Davi”. Por que agora esse assunto tão controvertido deve ser tratado como natural? Por que a dança é agora tão essencial para um culto de louvor a Deus?

2) A Palavra de Deus diz que há diversidade de ministérios (1 Co 12.5), mas não nos esqueçamos de que isso alude à maneira multiforme de o Espírito Santo atuar. Essa menção de modo algum apóia todo e qualquer ministério inventado por pessoas que querem fazer prevalecer as suas preferências pessoais. Na Bíblia não há apoio ao chamado ministério da dança.



3) Os defensores da dança citam Miriã e Davi, mas as suas atitudes e ações, conquanto não tenham sido reprovadas por Deus, deram-se fora do culto coletivo a Deus. Foram atos patrióticos, pelos quais extravasaram a sua alegria. Daí o próprio Davi, ao organizar o culto, juntamente com Asafe, não ter feito nenhuma menção à dança, estabelecendo apenas cantores e músicos (1 Cr 25.1).

4) Não há base bíblica para se introduzir danças no culto, tampouco chamá-las de ministério, como muitas igrejas estão fazendo. Há até exceções, como as coreografias infantis e adolescentes, feitas de maneira esporádica ou em ocasiões especiais. Mas as exceções não devem se transformar em regra, gerando modismos injustificáveis.



5) Não existe sequer um versículo nos mandando ou nos autorizando a dançar na casa de Deus! No Novo Testamento não há nenhum incentivo à sua introdução no culto.


6) Os dois únicos textos que poderiam — supostamente — ser usados como incentivo à dança estão nos Salmos 149 e 150, no Antigo Testamento. Mas não são passagens que falam propriamente da dança no culto da igreja do Senhor.
Alguns exegetas até discutem se o termo original traduzido em algumas versões em português para “dança”, nos textos mencionados, significa flauta ou harpa. Entretanto, mesmo aceitando-se que os Salmos 149 e 150 aludem à dança entre os hebreus — o que não seria nenhuma novidade (Jz 11.34; Ec 3.4; Lm 5.15) —, eles nada têm que ver, diretamente, com o culto do Novo Testamento.
A mensagem da Bíblia se dirige a três povos: judeus, gentios e igreja (1 Co 10.32). E nem sempre um mandamento pode ser considerado “universal”, isto é, para todos. Se aplicarmos a nós o que dizem os tais Salmos, na íntegra, teremos de louvar a Deus com uma espada na mão e tomar vingança das nações, literalmente! “Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus e espada de dois fios, nas suas mãos, para tomarem vingança das nações e darem repreensões aos povos, para prenderem os seus reis com cadeias e os seus nobres, com grilhões de ferro” (Sl 149.6-8).
Alguém dirá: “Ora, tudo isso pode ser aplicado de maneira figurada”. É mesmo? Então por que a dança deve ser aplicada de modo literal? Por que empunhar uma espada e tomar vingança das nações é figurado, e dançar não?! Por que não consideramos, então, que devemos dançar espiritualmente, e não com o corpo? É mais fácil priorizar preferências pessoais, para depois encontrar na Bíblia versículos isolados em apoio a invencionices?


7) Muitos têm citado 1 Coríntios 6.20 como apoio à dança no culto. Dizem que devemos glorificar a Deus com o corpo. Sabe o que é isso? Torcer a Palavra de Deus, fazendo-a dizer o que não diz. A simples leitura do contexto da passagem é suficiente para demonstrar que ela nada fala acerca da dança. Glorificar a Deus com o corpo significa não pecar contra o Senhor por meio do corpo (vv.18-20)!


8) A dança no culto também não é uma questão cultural, como muitos pensam. Não é porque o brasileiro tem samba no pé que deve sambar na casa de Deus. Isso seria secularizarismo ou dessacralização, à luz de Romanos 12.1,2; Tiago 4.4; 1 João 2.15-17.


9) Nas Escrituras não há — repito — nenhuma passagem que apóie a dança no culto neotestamentário. “Ah, mas eu quero dançar, gosto de fazer isso e tenho certeza de que Deus a receberá”, alguém poderá argumentar. Ora, quem quiser, que dance e assuma a responsabilidade diante de Deus. Mas não diga que o culto precisa de danças para agradar ao Senhor. As nossas reuniões sobreviveram sem danças durante muito tempo.


10) Em várias igrejas, as danças só vêm sendo incorporadas ao culto porque lhes falta o principal: salmo, doutrina, revelação, língua e interpretação (1 Co 14.26). Um culto não pode sobreviver sem a genuína manifestação do Espírito, a Palavra de Deus e os verdadeiros louvores. Sem dança, ele subsiste — sempre subsistiu, ao longo da História.

11) Se nos conscientizarmos de que o culto é para Deus, e não para agradar pessoas; e se nos convencermos de que a maneira de Deus falar, no culto, não é por meio de danças, e sim pela Palavra, tudo ficará mais fácil, não é mesmo?



O que vamos fazer no templo, louvar a Deus ou buscar entretenimento? Com toda a franqueza, quem quiser diversão, deve procurá-la em outros lugares, pois o templo é lugar de oração, louvor e ensino da Palavra (At 2.42-47; 5.21).


Mas quero desafiá-lo a abrir mão de coisas como ministério da dança, night gospel e outras efemeridades, por uma causa nobre: a evangelização. O que é isso?Evangelizar significa “anunciar as boas novas de salvação” (Hb 4.2; Rm 10.15; 1 Co 9.16). Trata-se de um grande desafio para toda a igreja. E, por isso, devemos ser unânimes (At 2.1,44; 4.32; 5.12) e pregar o evangelho em toda parte (At 1.8; 8.4; Mt 21.12,13; At 5.21,25; Lc 24.53; At 2.46,47; Jo 4.35; Rm 15.20).Por que a evangelização é a tarefa primacial, e não a "adoração"? Fomos salvos para anunciar o evangelho (1 Pe 2.9,10; Mc 16.15). Somos cooperadores de Deus (1 Co 3.9). Temos uma dívida (Rm 6.23; 1.14,15). É nossa obrigação pregar o evangelho (1 Co 9.16; Mt 10.32,33; Ez 33.8). Devemos ter o sentimento que houve em Cristo (Fp 2.6-11; Mt 9.36). Por isso, a tarefa primordial do salvo é a evangelização (1 Co 1.22,23; Fp 1.21-24).Pense na situação espiritual do perdido pecador (Is 1.6; 59.1,2; Rm 6.23; Jd v.23). Enquanto você está dançando, milhares de pessoas estão partindo para a eternidade. Obedeça ao mandamento do Senhor Jesus. Pregue o evangelho (Mc 16.15-18; Mt 28.18-20).Como evangelizar? Ora, somos pescadores de homens (Mt 4.19). E temos os equipamentos de pesca (Ef 6.11-18). Mas devemos manejar bem o nosso principal equipamento (2 Tm 2.15), aproveitando todas as oportunidades para pregar a Palavra (2 Tm 4.1.2). Não devemos pescar em águas alheias (Rm 15.20), e sim onde há muitos peixes (Jo 4.35; Mc 16.15). Para isso, temos de conhecer bem as estratégias de pesca (1 Co 9.22).
A evangelização pessoal-ocasionalPara evangelizar pessoas, no dia-a-dia, ocasionalmente, siga os passos abaixo:
1) Tenha iniciativa — através de uma pergunta, uma circunstância favorável, etc, (At 8.26-35; 17.22-31).
2) Supere os obstáculos (1 Pe 3.15; 2 Tm 2.15; Jo 4.7-14; Pv 11.30).
3) Tenha atitudes positivas, como educação e respeito; convicção e objetividade (Rm 10.9,10; At 16.31); sorriso; atenção (Jo 4.17,18); e linguagem adequada (cf. 1 Co 14.9).
4) Não tenha pressa.
5) Nada de discussão e ofensa (1 Co 14.33; 2 Tm 2.24,25; 1 Pe 3.15; Gl 5.22).
6) Entregue ao pecador uma mensagem sucinta e objetiva: mostre-lhe a sua "doença": o pecado (Rm 3.23; 5.12; Sl 51.5); e a conseqüência de sua "doença": a morte (Rm 6.23; Tg 1.15). Mas não deixe de lhe receitar o "remédio" — a salvação em Jesus Cristo (Jo 1.29; 3.16).
7) Faça uma oração com a pessoa evangelizada.
8) Anote, se possível, os dados da pessoa evangelizada, a fim de estabelecer futuros contatos e aconselhá-la quanto a freqüentar uma boa igreja.
O tempo de evangelizar chegou! Ou você prefere ficar dançando dentro dos templos, enquanto milhares de pessoas parte para a eternidade sem Cristo!



FONTE:http://cirozibordi.blogspot.com

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