Se tudo que estiver neste blog não fizer você: ORAR MAIS,JEJUAR MAIS, LER MAIS A PALAVRA DEUS E OBEDECE-LA, TUDO SERA EM VÃO.
Retire a pedra de tropeço
segunda-feira, 30 de abril de 2012
O Falso evangelho " Deus só quer o coração"
O Falso evangelho " Deus só quer o coração"
Trata-se de um evangelho pervertido que Jesus nunca pregou,e que os pastores e cristãos liberais pregam usando o texto de provérbios 23:26 descontextualizado e isolado. Deus só quer o coração é o argumento dos pregadores que não pregam mais a sã doutrina e não estão comprometidos com a santidade, cuidado, são falsos profetas!
Jesus afirmou que para segui-lo é preciso tomar uma cruz, que significa renuncia, mortificação da natureza e paixões terrenas, e ainda disse que deveríamos negar a nós mesmo, ou seja um golpe no nosso egoísmo pervertido e terreno, que se inclina a satisfação terrena e carnal. As igrejas que adotaram o evangelho “deus só quer o coração” tornaram-se centros de erotismo, sensualismo provocativo, adotaram estilos mundanos em praticamente todas as áreas, adotaram a psicologia e o poder emocionalista, o pragmatismo e outras perversões. Jesus nunca ensinou que “Deus só quer o coração” esse é o argumento dos falsos doutores que ensinam que Deus não dá importância para o estilo de vida conservador, negam portanto o ensino da inteira santificação, marca distinta do verdadeiro movimento pentecostal e do verdadeiro cristianismo. Os pregadores que ensinam que Deus só quer o coração são antibiblicos, confrontam o Espírito Santo, e blasfemam chamando Ele de mentiroso, pois está escrito: "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo." (I Tessalonicenses 5 : 23), mas como os mesmos amam o mundo e seus prazeres como: circo, cinema, tv, futebol, vaidades e o nudismo, eles se descupam dizendo que Deus so quer o coração, eles são todos lobos, besta feras, falsos profetas, inimigos da cruz de Cristo.
O evangelho “deus só quer o coração” foi elaborado para enganar você, para persuadi-lo a ser cristão sem ser diferente, a ser cristão sem renunciar o pecado. Esse falso evangelho com certeza levará milhões ao inferno. Querido amigo, seja sóbrio, leia a bíblia, não acredite nos homens que falam contra as escrituras. Desconfie de lideres que dizem que eles dão a última palavra. Não! Mil vezes não. A última palavra quem dá é a bíblia! Cuidado Jesus afirmou: “"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores." (Mateus 7 : 15) e ainda “"E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos." (Mateus 24 : 11). Isso é sério, o falso evangelho “Deus só quer o coração” é um outro evangelho, é uma fraude espiritual, feita para te enganar. Não há lugar no Novo Testamento para essa teoria. O evangelho verdadeiro ensina que nós somos o templo do Espírito Santo, e nosso corpo precisa ser conservado e honrado para tal. “"Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (I Coríntios 3 : 16)
Você nunca leu nas escrituras que a ordem de Deus é “glorificai a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”(I Corintios 6:20) ? não somente o coração que pertence a Deus, é o corpo, é o espírito é o homem completo, as igrejas das portas largas, não ensinam isso. Os pioneiros do movimento pentecostal usados pelo espírito Santo de forma plena e revolucionaria defenderam a santificação plena e completa de maneira ferrenha, hoje os apóstatas dizem que são “usos e costumes”, abandonaram o evangelho do caminho estreito e desenvolveram um falso evangelho chamado de “Deus só quer o coração” e muitos estão sendo enganados, porque nos cultos das igrejas onde se prega que Deus só quer o coração, tem todos os sinais de cristianismo autêntico, menos a santidade e a separação do mundo, e isso tem confundido até os mais conservadores. A bíblia porem dá um golpe fatal tome a sua bíblia e leia você mesmo com os próprios olhos: Mateus 7:21 a 23. Meu Deus! Que esse texto possa abrir seus olhos!
Em muitas igrejas não se prega mais cruz, arrependimento, mortificação da natureza carnal, não se prega mais contra o pecado, apenas benção, prosperidade e muita lavagem cerebral, para manipular pessoas, a ênfase agora é quantidade, não novo nascimento. Quão terríveis são esses dias em que vivemos.
Paulo admoesta: "Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos;" (II Coríntios 4 : 10). Com certeza isso está fora de moda em nossos dias. Você sabe porque a cruz não é mais mencionada nos púlpitos do evangelho “Deus só quer o coração”? “"Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo," (Filipenses 3 : 18)
Querido leitor, eu desejo lhe abrir os olhos, oro para que você entenda essa mensagem, que você seja ousado em decidir pelo caminho estreito, em ler a bíblia e se comprometer a obedecer integralmente seus mandamentos, princípios e estatutos. Porque há uma passagem muito séria nas escrituras digna de meditação, Paulo fala sobre a vinda de Jesus e sua implicação sobre os desobedientes: "Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo”;(II Tessalonicenses 1 : 8)
Isso não nos faz estremecer? Eu sinto pelos muitos perdidos enganados e iludidos pelas conversões psicológicas, por terem abraçado um evangelho fácil, sem compromisso, sem santidade, sem obediência. Que Deus possa abrir teu coração para a verdade suprema de que Deus só é Senhor e a sua palavra é a verdade.
O que é que tem
O que é que tem é que se você não perceber os primeiros sintomas da frieza ou fraqueza espiritual, você estará, em breve, morto espiritualmente. Morto! Creio que o inimigo tem trabalhado para manter muitos cristãos sem enxergar os sintomas, tem mantido a igreja apática, tem produzido um estado de letargia e nós vamos nos acostumando com essa vida mais ou menos, morna. Em II Pedro 2: 19b-21, diz: “pois o homem é escravo daquilo que o domina. Se, tendo escapado das contaminações do mundo por meio do conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, encontram-se novamente a elas enredados e por ela dominados, estão em pior estado do que no início.
Teria sido melhor que não tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, depois de terem conhecido, voltarem às costas para o santo mandamento que lhes foi transmitido.” O que acontece é que, aos poucos, ficamos com nossa mente cauterizada para o pecado, por que nos acostumamos, torna-se hábito. Em Tiago 1: 14,15 – “Cada um, porém é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido dá a luz o pecado, e o pecado após ser consumado gera a morte.”
Para um cristão viver em retidão nos dias de hoje tem sido muito difícil, mas não é impossível! Embora acreditemos que os apelos hoje são maiores, na velha aliança era muito pior, não havia o sacrifício de Jesus nem sua intercessão e advocacia por nós, nem mesmo o Espírito Santo para ajudar constantemente. Eles só contavam consigo mesmos. Pobre ser humano! O problema hoje, na verdade, não é ser cristão, é permanecer cristão. E entenda definitivamente irmão, isso não é esforço pessoal, não mesmo! Não conseguimos sozinhos. Não podemos aumentar nem um só dia em nossas vidas. Sem Ele nada podemos fazer! É graça de Deus, é intimidade com Ele, é busca constante, é amor verdadeiro por ele. Quando amamos alguém não queremos desapontá-lo, não queremos entristecê-lo. A nossa parte é reconhecer os nossos erros, omissões e frieza espiritual e buscar beber diretamente da fonte. Humilhar-nos diante de quem pode transformar todas as coisas e dizer que precisamos de ajuda, urgente! Não há ninguém neste mundo, por mais apaixonado que estejamos por essa pessoa, capaz de suprir as nossas necessidades.
Precisamos entender a necessidade de existirem regras de certo e errado para nos guiar e, claro, vinda de alguém que comporta em si toda a sabedoria – Deus. Ele criou a vida, portanto, Ele é sabedor de como vivê-la de maneira feliz. Quem não possui regras externas a si, se torna Deus de si mesmo e, por isso, cria suas próprias regras e quando resolve não as seguir, muda tudo.
Ele acaba se deixando envolver com as coisas do mundo. Tudo é vão. Tiago 4: 4-6 diz: “Adúlteros, vocês não sabem que amizade com o mundo inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus. Ou vocês acham que é sem razão que as escrituras dizem que o Espírito que ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes?”
Estamos vivendo, sem dúvida, a igreja de Laodicéia. Encontramos em Apocalipse 3:15-21 sobre esta igreja: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”
Deus nos chama para a Santificação, sem a qual NINGUÉM verá ao Senhor. Santificar-se é separar-se desse mundo mesmo. É viver com certeza uma vida radical. Jesus foi radical sobre ser santo. Ele foi totalmente separado, santo, imaculado e sem nenhum pecado. Ele é o nosso espelho e ao mesmo tempo nosso refúgio e fonte de transformação. Deus sempre nos dá o escape, o antídoto na Palavra dEle.
Os principais sintomas da frieza espiritual são:
-Falar a frase “o que é que tem?” com certa frequência;
-Desmotivação para ler a palavra de Deus;
-Passar dias sem orar ou só orar em grupo, não conseguindo estabelecer um relacionamento você e Deus;
-Dificuldade de frequentar com constância uma igreja;
-Dificuldade de fazer/ manter amizades verdadeiras com cristãos, manter apenas relações superficiais ou somente ter amigos descrentes;
-Ser extremamente generoso consigo mesmo e quase nunca com os outros;
-Proferir palavras torpes com certa frequência;
-Passar mais horas no computador vendo bobagem do que em sintonia com Deus, nem digo TV porque cristão que assisti TV não esta frio está sim morto espiritualmente;
-Apreciar a pregação na igreja, mas não conseguir colocá-la em prática na vida cotidiana;
-Sentir desejo de vez em quando de fazer as coisas que fazia antes de ser cristão;
-Não ver importancia na Santa Ceia.
-Dar desculpas para assistir um pouco de TV
-Se vestir com sensualidade,roupas curtas,apertadas e transparentes.(Pois devemos ser santos tanto no interior ,como no exterior).
Sentiu-se de certa forma desconfortável ou se identificou com esses sintomas? Lembre-se que isso não é para você se sentir em condenação, mas para a glória de Deus permanecer em sua vida! Arrependa-se e confesse agora cada sintoma desses diante do Senhor. João 15:4 afirma: “Se permanecerdes em mim, eu permanecerei em vós”. Quando os sintomas forem notados por você, então imediatamente: “Submetam-se a Deus (se submetendo totalmente, desesperadamente, constantemente, seja guiado) resistam ao diabo e ele fugirá de vós. Aproximem-se de Deus e Ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês que tem a mente dividida, purifiquem o coração. Entristeçam-se, lamentem-se e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. Humilhem-se diante do Senhor e Ele os exaltará!”
O que é que essa palavra tem?
VIDA, pois é somente assim que voce podera guarda o que tem para não perde a sua coroa.e permanece na porta estreita.e ser arrebatado.
sábado, 28 de abril de 2012
Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho 2 João 1:9
“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”. (Tt 2.1).
A palavra doutrina se origina do grego: “didache”, que significa ensino ou instrução dos apóstolos. Entendemos que a sã doutrina é a revelação do Eterno Deus por meio das sagradas escrituras e representa o alicerce e o sustentáculo da verdadeira fé cristã.
Vejamos o que a bíblia nos ensina sobre a sã doutrina:
Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho
2 João 1:9
I.TIPOS DE DOUTRINAS EXISTENTES:
A.Doutrinas de homens: (Mc 7.6-9; Mt 15.6-9).
B.Doutrinas de hereges: (Ap 2.6,15)
C.Doutrinas de demônios: (I Tm 4. 1-2).
D.Doutrina de Deus: (Jo 7.16; Tt 2.10).
II.CONSIDERAÇÕES ESSENCIAIS ACERCA DA SÃ DOUTRINA:
A.Precisamos cuidar da sã doutrina (I Tm 4.16).
B.Devemos nos afastar dos que vivem em desacordo com a sã doutrina (Rm 16.17).
C.Devemos nos afastar dos opositores a sã doutrina. (I Tm 1.9-11).
D.O motivo da existência de falsas doutrinas. (I Tm 6.3-5).
E.Não devemos recebê-los nem cumprimentá-los. ( II Jo 10).
F.Haverá tempos em que não suportarão a sã doutrina. (II Tm 4.3).
G.Cuidado com os ventos de Doutrina. (Ef 4.14).
III.A IMPORTÂNCIA DA SÃ DOUTRINA:
A.Jesus tinha uma Doutrina: (Mt 7.28; Mt 22.33; Lc 4.32).
B.Os Cristãos primitivos tinham uma Doutrina a qual perseverava: (At 2.42).
C.Os crentes de Roma pautavam sua vida por excelente doutrina: (Rm 6.17).
D.Paulo recomendou Tito e a Timóteo o cuidado com a doutrina:(ITm 1.3-10; 4.6-16; 6.3; II Tm4.3; Tt 1.9; Tt 2.1).
E.João determinou a doutrina: (2Jo .9).
F.João recomendou a doutrina: (2Jo 10).
G.A doutrina proporciona comunhão com Deus: (2Jo .9).
H.A doutrina proporciona piedade: (I Tm 6.3)
IV.A NECESSIDADE DA SÃ DOUTRINA:
A. Preservar dos falsos profetas: (Mt 24.24; Mt 7.15).
B. Preservar das heresias e apostasias: (II Ts 2.3; I Tm 4. 1-2).
C. Para não corromper nosso entendimento: (II Ts 2.2).
D. Devemos guardar as tradições(não a tradição dos homens mas aquela que e conforme a palavra de DEUS). (II Ts 2.15).
E. Proporciona-nos a segurança da salvação em Cristo: (I Tm 4:16).
F. Santifica-nos: (Jo 17:14-17).
G. Tornar-nos sábios: (II Tm 3:15).
H. Tornar-nos obedientes: (Rm. 6.17).
V.A SUFICIÊNCIA DA SÃ DOUTRINA:
A. Ninguém poderá alterar a doutrina: (Gl 1.8).
B. Ninguém poderá ensinar outra doutrina: (I Tm 1.3).
VI.A COMPLETUDE DA SÃ DOUTRINA:
A.- A doutrina está completa e não precisa de nenhuma modificação: (Ap 22. 18-19).
Por fim, enfatizamos a relevância do conhecimento doutrinário para a solidificação de uma fé autentica que combate as heresias e propaga veementemente a suprema verdade de Deus.
Pr. Sidnei O. Ferreira
Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho
2 João 1:9
FONTE:http://diaconogeraldocardoso.blogspot.com.br/
sexta-feira, 27 de abril de 2012
SIMPLICIDADE DE CRISTO OU SENSUALIDADE DO MUNDO
BRILHO DE CRISTO OU SENSUALIDADE DO EGITO
DEUS ADORNA A NAÇÃO DE ISRAEL
Os modernistas - liberais usam Ez 16: 11 e 12 para justificar o uso de jóias: “também te adornei com enfeites, e te pus braceletes nas mãos e colar à roda do teu pescoço. Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas, e linda coroa na cabeça”. Nesta passagem o próprio Deus adornou a nação de Israel, nação comparada com uma mulher, com braceletes nas mãos, colar no pescoço e pendentes no nariz. Portanto, dizem os modernistas - liberais: “o uso de jóias é biblicamente correto”.
Ora, é preciso entender que esta passagem trata-se de uma linguagem simbólica. É uma metáfora que simboliza a proteção e a celebração de um contrato de núpcias entre Deus e Israel. Assim sendo, Deus, alegoricamente, cumpre o ritual de casamento colocando enfeites em Israel. Ezequiel registra essa alegoria não para endossar o uso de jóias, mas para compreendermos uma grande verdade espiritual: Deus nos escolheu e recebemos dEle bênçãos e dádivas. Ele nos embelezou e nos reivindicou para Si mesmo. Sob seus cuidados cresceremos até a plena maturidade! Portanto, as narrativas dos costumes dos tempos bíblicos têm implicações espirituais. No versículo 8 do mesmo capítulo diz: “passando eu por junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; estendi sobre ti as abas no meu manto, e cobri a tua nudez; dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor Deus; e passaste a ser minha”
Observe: “... estendi sobre ti as abas do meu manto...” “as abas” é símbolo de aceitar em casamento. O ato de estender as abas simboliza proteção, cuidado e apoio. O mesmo acontece quando Rute diz a Boaz “estende a tua aba sobre a tua serva” (Rt 3:9). Com esse gesto, Rute estava pedindo que Boaz a tomasse para ser sua esposa. Assim sendo, a passagem de Ezequiel trata-se de uma metáfora sugerindo casamento. Em Ezequiel, Deus casa-se com Israel e utiliza-se do costume do cerimonial de casamento da época onde a noiva se adornava no dia do casamento. Isto é confirmado em Isaías 61: 10 “Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação, e me envolveu com o manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com as suas jóias”. Não há dúvidas que as mulheres da época se ataviavam com jóias como cumprimento do ritual de casamento. Deus compara a sua aliança com Israel ao cerimonial de casamento da época. Tudo é comparativo e simbólico. Mas, infelizmente os liberais usam Ezequiel 16:11 e 12 para justificar o injustificável.
Na passagem de Isaías 61:10, os modernistas enfatizam: “Estão vendo? As mulheres israelitas se ataviavam no dia do casamento – “como noiva que se enfeita com suas jóias”. Esta é mais uma maquinação vaidosa e concupiscente. A mulher israelita não comprava as jóias para se ataviar no dia do seu casamento. As jóias eram conduzidas pelo noivo. Cabia-lhe a responsabilidade de levar as jóias na cerimônia do casamento e colocá-las sobre a noiva numa demonstração pública de seu compromisso marital.
Isso se conclui, por inferência, quando se lê EZ 16:11 que retrata Jerusalém como uma esposa e Deus como seu marido. Aliás, o relacionamento Entre Deus e Israel é freqüentemente comparado a um contrato matrimonial.
O Senhor aparece, nas Sagradas Escrituras, como o Noivo e o Esposo (Jo 3:29), e a Igreja, como a Noiva e a Esposa (AP. 21:9), a qual se prepara com atavios espirituais de santificação (Ef 5:23-27), para o grande dia das Bodas do Cordeiro (Ap 19:7-9).
Estamos vivendo a época em que muitos não suportam a sã doutrina, mas tem comichões em seus ouvidos. A pregação da sã doutrina confronta e repreende o pecado; e as pessoas apegadas ao estilo de vida pecaminosa não suportam esse tipo de mensagem. Querem satisfazer a sua vontade e amontar para si doutores conforme as suas concupiscencias. Não estão dispostas a tolerar a verdade, por isso, elas se satisfazem com as mensagens “cotonetes”, ou seja, ofereça às pessoas o que elas querem ouvir.
Infelizmente alguns vivem pelo que sentem e moldam suas crenças segundo suas preferências pessoais. Outros pensam que as Escrituras são escritos improvisados que eles podem modificar ou interpretar da maneira que desejarem. De qualquer modo, a vida e crença deles são comandadas pelas suas preferências pessoais. As crenças deles não são diferentes daqueles dos seguidores da Nova Era que acreditam que a verdade é encontrada dentro deles mesmos.
Nossa fé está firmada na convicção de que Deus falou e a sua Palavra é a verdade objetiva. O que Ele nos deu é absoluto e inabalável. É loucura pensar que a verdade dada por revelação divina precisa de qualquer refino ou atualização.
O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos;
1 Pedro 3:3
Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos,
1 Timóteo 2:9
sexta-feira, 20 de abril de 2012
DEUS É SANTO
"... nem os céus são puros aos seus olhos." (Jó 15.15)
Escrever aos amados leitores nem sempre é tarefa fácil, pois considero uma arte e um dom fazer “o importante se tornar interessante”. Que Deus me ajude a conseguir fazer tal coisa.
Não é segredo nem novidade para muitos que essa geração de cristãos tem estado extremamente aquém do Evangelho verdadeiro. Contudo para se saber as razões e o “porquê” disso, é necessária uma leitura teológica e espiritual de nossa parte. Tem-se feito muitas especulações a esse respeito, mas creio que a ignorância do conhecimento de Deus é uma das maiores causas desse “cristianismo não evangélico” atual. Entendendo assim, anseio transmitir ao seu coração algo a respeito do Senhor nosso Deus, e de Sua natureza.
Sinto-me desafiado, pois creio ser uma tarefa dificílima escrever algo sobre um ser que supera – em muito, e em absoluto – nossa limitada capacidade de compreensão. Tampouco quero presumir por Deus, pois se assim fizer não acrescentarei nada mais que declarações vagas e infundadas. Tenho visto muitos cometerem erros ao tentar conjecturar ou mesmo, através de estudos minuciosos, acharem que podem pensar por Deus. Que o Senhor me guarde de fazer o mesmo.
Pretendo falar sobre essa declaração bombástica extraída do livro de Jó: a santidade de Deus. Talvez seja o atributo que mais defina o caráter de Deus: Sua santidade.
A qualidade de ser santo, incomparável, inatingível, inimaginável, absoluto, inexpugnável, eterno, infinito em glória e poder, excelso, augusto, incomensurável, em fim, Deus é santo!
Todavia, a declaração de Jó 15.15 eleva essa santidade de Deus em um grau que certamente não temos condições de compreender, pois o texto diz que: “nem o céus são puros aos seus olhos”, isto é, nem o céu é santo o suficiente para Ele! Isso posiciona Deus e Sua santidade em uma esfera tão elevada, que nossa mente e coração não podem assimilar ou suportar tal ciência.
Nada criado se equivale à santidade de Deus, nem mesmo o próprio céu! Uma declaração semelhante feita por Salomão nos deixa ainda mais perplexos quanto à glória e a santidade de Deus: “Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter (…)” (1Re 8.27).
Nem o céu dos céus, nem a habitação de Deus com seus santos anjos, arcanjos, querubins, serafins, é santa o suficiente para conter a Santidade e a Glória de Deus! Estou tentando te mostrar nessas linhas escritas, que Deus é um ser tão santo – mas tão santo – que nem mesmo aquilo que Ele criou com a máxima perfeição pode se equivaler à Sua santidade.
Confesso que ao mesmo tempo em que isso é maravilhoso é também assustador, chocante e até aterrorizante, saber que Deus é tão santo assim!
Mas você pode perguntar: o que há de assustador em saber que Deus é santo?
É assustador, porque podemos ter uma ideia da dimensão e da extensão das nossas ofensas proferidas a esse Deus santo! Nossas ofensas, delitos, transgressões e pecados atacam diretamente a Sua santidade, e se tornam muito mais graves e profundos do que imaginamos. Temos ofendido um Deus santo, ignorado Seus valores, atributos, agimos com desdém, temos colocado Ele em uma posição humana, amando assim mais a criatura do que o criador (Rm 1.25).
Não respeitamos Sua onipresença, aliás, você sabe o que isso quer dizer? Significa que Deus está em todo lugar e em todo momento contemplando tudo e todos, inclusive nossos pensamentos. Pense: todas as nossas ações profanas e reprováveis são feitas diante dos seus olhos, na sua própria presença! Já pensou nisso alguma vez?
Não o temos honrado como Lhe é devido, não temos tributado a glória que Lhe é devida, não temos tido zelo pelo Seu nome e Sua santidade, como Jesus nos ensinou: “santificado seja o seu nome” (Mt 6.9). Eu estou dizendo diretamente da Sua Pessoa! Deus não é uma coisa ou um ser abstrato, Ele tem personalidade, atributos, caráter, vontade, um reino celeste, Dele vêm leis e ordens a serem obedecidas, quando é que vamos acordar pra isso?
A grande verdade é que a maioria das coisas que fazemos, não é tendo em mente e como fim a santidade de Deus, melhor dizendo: Deus é quase a última pessoa que pensamos quando estamos envolvidos na rotina da nossa vida. Não há qualquer preocupação com a Sua pessoa, se Ele está sendo ofendido ou esquecido o se a Sua santidade está sendo zelada ou não! Nem sequer sabemos que estamos a ofendê-Lo e muito menos temos noção da envergadura de tal ofensa! Talvez esse seja o maior pecado da humanidade: a ignorância De Deus!
E mais, vocês da classe acadêmica e intelectualizada, tem feito de Deus nada mais que um objeto de estudo, com o intuito de defenderem suas teses e teorias. Quando deveriam estar gravando seus nomes nos corredores dos céus, esforçam-se por inscrevê-los apenas nos anais do saber!
No entanto, o pior não é isso! Tal maneira de viver traz consequências severas e gravíssimas, pois quando cometemos delitos na Terra, por exemplo, furtos, roubos, calúnias, homicídios, esses diversos delitos são punidos de conformidade com a gravidade dos mesmos, contudo a punição é aqui na Terra e, por certo período de tempo, e toda essa sanção e pena é justa de acordo com nossas leis.
Agora as ofensas que estão aqui em questão não foram feitas a um homem mortal, a uma repartição humana, a um animal ou meio ambiente, nem mesmo a um cristão piedoso. As ofensas que tratamos aqui foram e são feitas contra um Deus santo! Quando ofendemos um ser santo, eterno, perfeito, cheio de glória, a punição (pena) de equivaler-se à ofensa, e essa punição será de âmbito eterno!
É exatamente a esse Deus descrito acima que temos ignorado e pecado descaradamente, sem levar em conta Sua glória e santidade excelsas. Trata-se de uma afronta e Deus não tolerará algo que ofenda Sua santidade!
Agora, é maravilhoso, pois ao sabermos em parte a dimensão da Sua santidade e glória – que são infinitas – também podemos ver a dimensão do Seu amor e graça, porque mesmo sendo tão santo e magnífico se revelou à mais indigna criatura: o homem caído.
Ó Deus, que Cristianismo estamos vivendo! Seu Nome está sendo escarnecido! Seus santuários profanados! Sua Lei distorcida! Seu espírito blasfemado! Vivemos em um mundo que ninguém te conhece! Por isso pecamos desenfreadamente contra Ti, Meu Deus! Sem mesmo termos a dimensão do tamanho desses pecados, pois não conhecemos a Ti nem Sua santidade. Ó Deus, nos perdoe, livre-nos da ignorância. Pois por mais que tudo que o Senhor formou ou deixou seja belo, justo e bom, não se equivalem ao Seu amor, Sua justiça e Sua santidade, para a qual devemos viver, amar, e entregar totalmente nossas vida. Amém!
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1Co10.31).
Pr. Paulo Junior
segunda-feira, 16 de abril de 2012
O Lixo Do Mundo - Leonard Ravenhill
“Irmãos e irmãs, a autonegação é o princípio ético básico
da igreja cristã”. — Dr. Charles Inwood.
“Agora, interrompo minha conversa com os homens, e volto-me para ti, ó Deus. Neste momento, começo a ter com Deus uma comunhão que nunca terminará. Adeus, meu pai e minha mãe. Adeus, amigos e parentes. Adeus, comida e bebida! Adeus, mundo, com seus prazeres! Adeus, sol, lua e estrelas! Agora, acolho a ti, Deus e Pai! Chego a ti, ó doce Jesus, mediador da nova aliança. Chego a ti, bendito Espírito da graça, Deus de toda a consolação! Agora, chego à glória; à vida eterna! Bem-vinda, mor-te!” “O Dr. Matthew MacKail estava embaixo da forca onde seu primo, Hugh MacKail, estava sendo morto, por causa de sua fé. E ao ver o outro se contorcendo suspenso nas cordas, ele agarrou suas pernas e pendurou-se a elas para que morresse mais rapidamente e com menos sofrimento. E foi assim que Hugh Mac-Kail “com seu doce sorriso juvenil” foi encontrar-se com Cristo. “E assim será minha acolhida”, disse ele: O Espírito e a noiva dizem: Vem”. — A morte de Hugh MacKail, membro da Igreja Reformada da Escócia.
“Agora, interrompo minha conversa com os homens, e volto-me para ti, ó Deus. Neste momento, começo a ter com Deus uma comunhão que nunca terminará. Adeus, meu pai e minha mãe. Adeus, amigos e parentes. Adeus, comida e bebida! Adeus, mundo, com seus prazeres! Adeus, sol, lua e estrelas! Agora, acolho a ti, Deus e Pai! Chego a ti, ó doce Jesus, mediador da nova aliança. Chego a ti, bendito Espírito da graça, Deus de toda a consolação! Agora, chego à glória; à vida eterna! Bem-vinda, mor-te!” “O Dr. Matthew MacKail estava embaixo da forca onde seu primo, Hugh MacKail, estava sendo morto, por causa de sua fé. E ao ver o outro se contorcendo suspenso nas cordas, ele agarrou suas pernas e pendurou-se a elas para que morresse mais rapidamente e com menos sofrimento. E foi assim que Hugh Mac-Kail “com seu doce sorriso juvenil” foi encontrar-se com Cristo. “E assim será minha acolhida”, disse ele: O Espírito e a noiva dizem: Vem”. — A morte de Hugh MacKail, membro da Igreja Reformada da Escócia.
O que vem a ser “o lixo do mundo?” (1Co 4.13). Seria o ventre do mal, onde nasce o crime organizado? Seria o gênio do mal que mobiliza as insurreições internacionais? Ou seria a Babilônia? Ou, quem sabe, Roma? Seria o pecado? Ou será que descobriram em algum lugar toda uma tribo de maus espíritos e deram a ela esse nome? Ou talvez seja uma moléstia sexualmente transmissível?
Se levantarmos mil suposições sobre essa questão obteremos mil respostas, e nenhuma delas estará correta. A resposta certa é exatamente o oposto do que se poderia esperar. Essa expressão “lixo do mundo” não designa homens nem demônios. E não é nada de conotação maligna; é benigna. Não; não é nem benigna: é o melhor que pode haver. Também não é nada material; é espiritual. Não tem nada a ver com Satanás, mas com Deus. E não apenas é da igreja, mas um membro dela. E não apenas um membro, mas o mais santo dela, a mais preciosa de todas as jóias. Paulo diz: “Nós, os apóstolos, somos considerados lixo do mundo”. E logo em seguida ele acrescenta a essa injúria um insulto, e intensifica a infâmia, aumentando ainda mais a humilhação, pois afirma: “(somos) escória de todos” (1Co 4.13).
Quando um homem chega a dizer que é o lixo do mundo é porque não tem mais ambições pessoais; não possui mais nada que alguém possa invejar. Não tem mais reputação — nada mais a zelar. Não possui bens — e, portanto, mais nada com que se preocupar. Não tem mais direitos — e, portanto, não está mais sujeito a sofrer injustiças. Que bendita condição! Ele já está morto — então, ninguém pode matá-lo. E se os apóstolos tinham tal estado de espírito, tal mentalidade, não foi à toa que eles “transtornaram o mundo”. O crente que ainda abriga ambições pessoais deve pensar um pouco nessa atitude dos apóstolos para com o mundo. E o evangelista popular, que ainda não sofreu perseguições e vive segundo os moldes hollywoodianos, devia pensar um pouco sobre o modo de ser daqueles homens.
Então, quem infligiu a Paulo sofrimento maior que o que passou quando recebeu as cento e noventa e cinco chicotadas, sofreu os três apedrejamentos e os três naufrágios? A rixosa, carnal e crítica igreja de Corinto. Ela estava dividida pela carnalidade e por dinheiro. Alguns deles tinham alcançado a fama e haviam-se tornado importantes comerciantes da cidade. Então Paulo lhes diz: “Chegastes a reinar sem nós”. Observemos o contraste gritante entre o verso 8 e o 10, de 1 Coríntios 4: “Já estais (vós) fartos, já estais (vós) ricos: chegastes (vós) a reinar sem nós”. “Nós somos loucos; nós (somos) fracos; nós, desprezíveis; sofremos fome, e sede, e nudez”. Mas há uma compensação no verso 9: “(Nós) nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos como a homens”.
Depois de tudo isso, não era mesmo difícil para Paulo afirmar que ele era “o menor de todos os santos”. E ele levanta essas verdades para confrontar aqueles cuja fé tinha perdido seu foco central. Aqueles coríntios estavam fartos, mas não eram livres. (Se um homem escapa da prisão, mas ainda tem as pernas presas em correntes, não está livre.) Mas o apóstolo não está aborrecido pelo fato de eles desfrutarem de abundância e ele não ter nada. Ele lamenta que a riqueza tenha resultado em fraqueza de alma. Eles vivem em conforto, mas não têm a cruz. São ricos, mas não conhecem o vitupério de Cristo. Não chega a afirmar que eles não pertencem a Cristo, mas que estão buscando um caminho mais suave para chegar ao céu. E então diz: “Sim, oxalá reinásseis para que nós também viéssemos a reinar convosco”. Se eles estivessem reinando de fato, então Jesus já teria voltado; eles estariam vivendo o milênio, e, como diz Paulo: “Nós estaríamos reinando com vocês”.
Mas quem aceita ser desonrado, desprezado e desvalorizado assim? Essa verdade é revolucionária, e põe em cheque nossa doutrina cristã falsificada. Teremos nós prazer em ser considerados loucos? Será que suportaremos ver nosso nome jogado por aí, difamado? O verdadeiro cristianismo é mais revolucionário do que o comunismo, embora, naturalmente, não provoque derramamento de sangue. As máquinas do socialismo tentaram terraplanar os “montes” das riquezas, para aterrar os “vales” da pobreza. Pensaram que, dando educação a todos, iriam “retificar o que é tortuoso”, acharam que com um ato do congresso com um mero aceno da varinha de condão da política, iriam introduzir o milênio tão esperado. Mas na Rússia isso implicou apenas na mudança da chefia; o pessoal das camadas inferiores continuam na camada inferior. Hoje em dia há milhões de pessoas que enriquecem pelo empobrecimento de outros. E Paulo afirma que ele era pobre, mas estava “enriquecendo a muitos”. Graças a Deus que o dinheiro de Simão, o Mago, continua não obtendo nada do Espírito Santo. Se nós ainda não aprendemos a avaliar corretamente as “riquezas de origem iníqua”, como Deus poderá confiar-nos a “verdadeira riqueza?”
Então Paulo, que era material e socialmente falido, achava-se incluído entre os seletos relacionados como “o lixo do mundo”. Certamente isso o ajudou a entender que, sendo lixo, seria pisado pelos homens.
Embora fosse capaz de debater com filósofos, estóicos, epicureus no Areópago, por Cristo estava disposto a ser tachado de “louco”. O antagonismo do mundo para com Jesus é fundamental e perene.
Irmãos, será que temos essa mesma disposição? Nada nos irrita mais do que ser associados a pessoas incultas e ignorantes, apesar de sabermos que o homem que escreveu o Apocalipse era inculto e ignorante. Hoje em dia, estamos contaminados por um terrível mal: os pastores estão mais preocupados em encher a cabeça de conhecimentos do que ter um coração em chamas. Quando uma pessoa aprecia muito a intelectualidade é melhor que termine os estudos antes de assumir o púlpito. Pois, depois que o assumir, de nada lhe valerão os títulos que puder obter, já que as vinte e quatro horas do dia serão curtas para que apresente os nomes de suas ovelhas perante o “grande Pastor”, ou cumpra a suprema responsabilidade de preparar-lhes o alimento espiritual. As coisas espirituais se discernem espiritualmente (e não psicologicamente). Nem Deus mudou, nem mudaram seus pensamentos. Por desígnio dele, ainda existem verdades que estão ocultas para os entendidos e que são reveladas “aos pequeninos”. E os pequeninos, meus irmãos, não possuem um intelecto privilegiado. A igreja de hoje está-se gabando do elevado Q.I. dos seus ministros. Mas, antes que alguém se glorie na carne, convém levar em conta que estamos presenciando um dos mais baixos índices de conversões, pois o diabo, irmão Apolo, não se impressiona com sua riqueza verbal.
A linha demarcatória que distingue o crente do homem do mundo é bem definida, bem delineada, mas está totalmente desmoralizada na prática. Os peregrinos de Bunyan, ao chegar à “Feira da Vaidade”, constituíram um verdadeiro espetáculo, pois se achavam em flagrante contraste com o povo mundano em seu modo de vestir, de falar, em seus interesses e senso de valores. Isso ainda acontece hoje?
Durante a última guerra, um general do exército britânico fez a seguinte afirmação: “Precisamos ensinar nossos soldados a odiar, pois se tiverem bastante ódio pelo inimigo lutarão contra ele”.
Nós já ouvimos muita coisa sobre o perfeito amor (embora ainda não tenhamos ouvido o suficiente). Mas agora precisamos também aprender a “irar e não pecar”. O crente cheio do Espírito deve detestar o mal, a iniqüidade e a impureza, e só assim lutará contra essas coisas. Paulo odiava o mundo e por isso o mundo o odiava. Nós também precisamos dessa mesma disposição de fazer oposição.
O evangelista Stanley escreveu “Darkest Africa” (A Face Escura Da África) e o General Booth, fundador do Exército de Salvação, “Darkest England” (A Face Escura Da Inglaterra), em meio a forte oposição. O primeiro falava das florestas impenetráveis, de árvores altíssimas, com seus leopardos à espreita, suas serpentes traiçoeiras e com os espíritos das trevas. Booth via as ruas da Inglaterra com os mesmos olhos com que Deus as via: a lascívia, os esgotos de pecado, a cobiça do jogo, o perigo da prostituição. E então levantou um exército para combater essa situação em nome de Deus. Hoje nossas próprias ruas são campos missionários. Esqueçamos por um pouco que nossa sociedade é civilizada, pois é possível uma senhora elegante, de belas maneiras e voz suave estar tão longe de Deus quanto uma selvagem da tribo Mau-Mau, com seu saiote de capim. Em nossas cidades campeia a impureza. O crente que passa as noites em frente da televisão, a devanear, está com o cérebro morto e a alma em falência espiritual. E vivendo assim, indiferente à licenciosidade que impera nestes dias, a ponto de não chorar por causa da cegueira que domina o pecador, faria melhor se pedisse a Deus que terminasse logo sua vida terrena. Hoje, cada rua de nossa cidade é um poço de pecado, bebida, divórcio, trevas e condenação. E se alguém tomar uma posição contrária a todos esses males, não deve admirar-se se o mundo o odiar. Se fôssemos do mundo, ele amaria o que era seu.
Paulo declara firmemente: “O mundo está crucificado para mim”. Será que isso é demais para o crente do século XX? O morro do Gólgota recebia muitas visitas de curiosos que ali iam para assistir à humilhação dos malfeitores. E aquilo era uma verdadeira festa; zombava-se do sofrimento. Mas, no dia seguinte, quem eram os primeiros a chegar ao local? Os primeiros eram os urubus — que iriam bicar os olhos das vítimas, e a carne das suas costelas. Depois eram os cães, que devoravam as pernas e braços dos infelizes. Assim, todo deformado, com as entranhas à vista, o indivíduo era um espetáculo horrendo. E era assim que Paulo via o mundo crucificado — nada atraente aos olhos dele.
Possamos nós também tremer interiormente e repetir, com lábios trementes, a mesma afirmação do apóstolo: o mundo está crucificado para mim. Só depois que estivermos mortos para o mundo com todos os seus prazeres, sua glória fútil e alegrias efêmeras, poderemos experimentar a mesma libertação que Paulo conheceu. Mas a realidade é que nós, os seguidores de Cristo, respeitamos as opiniões do mundo, e buscamos sua apreciação e suas condecorações. Um moderno crítico da igreja diz que atualmente o deus do crente é o ouro, e o seu credo é a cobiça. Mas graças a Deus que ainda existem algumas exceções a essa regra.
E esse bendito homem, Paulo, para quem o mundo estava crucificado, era considerado “louco”. E mais, ele apresentava sua mensagem de tal forma que alguns procuraram matá-lo, pois ele representava uma ameaça para o comércio deles. Esses apóstolos, com todo o seu santo e sadio desdém pelo mundo e pelas pessoas do mundo nos deixam humilhados.
"Eles escalaram a íngreme ladeira para o céu
Em meio a perigos, sofrimento e labor.
Ó Deus, dá-nos a graça
De seguirmos as suas pegadas”.
Muito breve estaremos dizendo adeus à perecível vida terrena e saudando o início da eternidade. Quero desejar-lhe, prezado irmão, uma vida de serviço sacrificial para Aquele que foi nosso sacrifício. Que também nós possamos terminar a carreira com gozo.
Extraído do livro: Porque tarda o pleno avivamento?
sábado, 14 de abril de 2012
Com tudo o que possuis, adquire a unção - Leonard Ravenhil
Com tudo o que possuis, adquire a unção - Leonard Ravenhil
TODA FERRAMENTA SEM ORAÇÃO NÃO TEM VALOR ALGUM.
Pr. Silvio Romero
“Por mais erudito que um homem seja, por mais perfeita que seja sua capacidade de expressão, mais ampla sua visão das coisas, mais grandiosa sua eloqüência, mais simpática sua aparência, nada disso toma o lugar do fervor espiritual. É pelo fogo que a oração sobe aos céus. O fogo empresta asas à oração, dando-lhe acesso a Deus; comunica-lhe energias e torna-a aceitável diante do Senhor. Sem fogo não há incenso; sem fervor não há oração.”
E. M. Bounds
“Pela fé e pela oração, fortaleça as mãos frouxas e firme os joelhos vacilantes. Você ora e jejua? Importune o trono da graça e seja persistente em oração. Só assim receberá a misericórdia de Deus.”
João Wesley
“Antes de ocorrer o grande avivamento de Gallneukirchen, Martin Boos passava horas e horas, dias e dias, e até noites em oração, intercedendo sozinho, agonizando perante Deus. Mas quando ele pregava, sua palavra era como fogo, e o coração dos ouvintes, como capim seco.”
D. M. McIntyre, D. D.
Na igreja moderna, a reunião de oração é uma espécie de Cinderela. Essa serva do Senhor é desprezada e desdenhada porque não se adorna com as pérolas do intelectualismo, nem se veste com as sedas da Filosofia, nem se acha ataviada com o diadema da Psicologia. Mas se apresenta com a roupagem simples da sinceridade e da humildade, e por isso não tem receio de se ajoelhar.
O “mal” da oração é que ela não se acha necessariamente associada a grandes façanhas mentais. (Não quero dizer, porém, que se confunda com preguiça mental.) A oração só exige um requisito: a espiritualidade. Ninguém precisa ser espiritual para pregar, isto é, a preparação e pregação de um sermão perfeito segundo as regras da homilética e com exatidão exegética, não requer espiritualidade. Qualquer um que possua boa memória, vasto conhecimento, forte personalidade, vontade, autoconfiança e uma boa biblioteca pode pregar em qualquer púlpito hoje em dia. E uma pregação dessas pode sensibilizar as pessoas; mas a oração move o coração de Deus. A pregação toca o que é temporal; a oração, o que é eterno. O púlpito pode ser uma vitrine onde expomos nossos talentos; o aposento da oração, pelo contrário, desestimula toda a vaidade pessoal.
A grande tragédia de nossos dias é que existem muitos pregadores sem vida, no púlpito, entregando sermões sem vida, a ouvintes sem vida. Que lástima! Tenho constatado um fato muito estranho que ocorre até mesmo em igrejas conservadoras: a pregação sem unção. E o que é unção? Não sei. Mas sei muito bem o que é não ter unção (ou pelo menos sei quando não estou ungido). Uma pregação sem unção mata a alma do ouvinte, em vez de vivificá-la. Se o pregador não estiver ungido, a Palavra não tem vida. Pregador, com tudo que possuis, adquire a unção.
Irmão, nós poderíamos ter a metade da capacidade intelectual que possuímos se fôssemos duas vezes mais espirituais. A pregação é uma tarefa espiritual. Um sermão gerado na mente só atinge a mente de quem o ouve. Mas gerado no coração, chega ao coração. Um pregador espiritual, sob o poder de Deus, produz mentalidade espiritual em seus ouvintes. A unção não é uma pombinha mansa esvoaçando à janela da alma do pregador; não. Pelo contrário; temos de batalhar por ela e conquistá-la. Também não é algo que se aprenda; é bênção que se obtém pela oração. Ela é o prêmio que Deus concede ao combatente da fé, que luta em oração, e consegue a vitória. E não é com piadinhas e tiradas intelectuais que se chega à vitória no púlpito, não. Essa batalha é ganha ou perdida antes mesmo de o pregador pôr os pés lá. A unção é como dinamite. Não é recebida pela imposição de mãos, nem tampouco cria mofo se o pregador for lançado numa prisão. Ela penetra e permeia a alma; abranda-a e tempera-a. E se o martelo da lógica e o fogo do zelo humano não conseguirem quebrar o coração de pedra, a unção o fará.
Que febre de construção de templos estamos presenciando hoje. No entanto, sem pregadores ungidos, o altar dessas igrejas não verá pecadores rendidos a Cristo. Suponhamos que todos os dias diversos pescadores saiam para o alto-mar com seus barcos, levando o mais moderno equipamento que existe para o exercício deste ofício, mas retornem sempre sem apanhar um só peixe. Que desculpa poderiam dar para tal fracasso? No entanto é isso que acontece nas igrejas. Milhares delas estão abrindo as portas dominicalmente, mas não vêem conversão. Depois tentam encobrir sua esterilidade interpretando textos bíblicos a seu bel-prazer. Mas a Bíblia diz: “Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia...”
E o mais triste em tudo isso é que o fogo que devia haver nesses altares encontra-se apagado ou arde em combustão muito lenta. A reunião de oração está morrendo ou já morreu. Com a atitude que temos em relação à oração, estamos dizendo ao Senhor que o que ele começou no Espírito, nós terminaremos na carne. Qual é a igreja que pergunta a um candidato ao ministério quanto tempo ele passa diariamente em oração? A verdade é que o pregador que não passa pelo menos duas horas por dia em oração, não vale um vintém, por mais títulos que possua.
A igreja hoje se acha como que postada na calçada assistindo, entre aflita e frustrada, à parada dos maus espíritos (...) que marcham pomposamente no meio da rua respirando ameaças contra “tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama”. Além disso, no lugar da regeneração, o diabo colocou a reencarnação; no lugar do Espírito Santo, os espíritos-guias; no lugar do verdadeiro Cristo, o anticristo.
E o que a igreja tem para contrapor aos males da pós-modernidade? Onde está o poder espiritual? A impressão que se tem é que, ultimamente, uma forte sonolência tomou o lugar da oposição religiosa, nos púlpitos e também nas publicações evangélicas. Quem hoje batalha “diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”? Onde estão os combatentes divinamente ungidos de nossos púlpitos? Os pregadores, que deviam estar “pescando homens”, parecem estar pescando mais é o elogio deles. Os que costumavam espalhar a semente, agora estão colecionando pérolas intelectuais. (Imagine só, semear pérolas num campo!)
Chega dessa pregação estéril, espiritualmente vazia, que é ineficaz, porque foi gerada num túmulo e não num ventre, e se desenvolveu numa alma sem oração, sem fogo espiritual! É possível alguém pregar e ainda assim se perder; mas é impossível orar e perecer. Se Deus nos chamou para o seu ministério, então, prezados irmãos, insisto em que precisamos de unção. Com tudo que possuis, adquire a unção, senão os altares vazios de nossas igrejas serão exemplos vivos de nosso intelectualismo ressequido.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Não temas – crê somente
Não temas – crê somente
Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo e ter conseguido se agarrar a parte dos destroços para pode ficar boiando. Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada fora de qualquer rota de navegação.
Ele agradeceu novamente.
Com muita dificuldade e restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva, de animais e, também para guardar seus poucos pertences.
E como sempre agradeceu.
Nos dias seguintes, a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia.
No entanto um dia quando voltava da busca por alimentos, ele encontrou o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça, Terrivelmente desesperado ele se revoltou, gritava chorando “O pior aconteceu! Perdi tudo! Deus por que fizeste isso comigo?”
Chorou tanto que adormeceu profundamente cansado.
No dia seguinte bem cedo, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava.
- “Viemos resgatá-lo”, disseram.
- “Como souberam que eu estava aqui?”, perguntou ele.
- “Nós vimos o seu sinal de fumaça!”
É comum sentirmo-nos desencorajados e até mesmo desesperados, quando as coisas vão mal.
Mas Deus age em nosso benefício, mesmo nos momentos de dor e sofrimento.
Lembre-se:
Se algum dia o seu único abrigo estiver em chamas, esse pode ser o sinal de fumaça que fará chegar até você a Graça Divina.
Não temas, crê somente. Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Mateus 11:28
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